A greve dos caminhoneiros contra os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis chegou ao terceiro dia, nesta quarta-feira (3). Entre as mobilizações registradas está a paralisação do Porto de Santos, onde os trabalhadores realizaram manifestação e assembleia exigindo uma resposta do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Os bloqueios de estradas e até mesmo a tentativa de diálogo com os outros trabalhadores seguem proibidos após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) desta quarta-feira, que suspendeu as liminares da Justiça que permitiam as mobilizações nas estradas.
Em Santos, os caminhoneiros ressaltam que o movimento continuará até que haja resposta do governo federal.
A Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres (ABTTC) confirmou que as atividades, sejam aquelas usados para armazenagem e reparo de contêineres vazios, ou ainda áreas para o despacho aduaneiro de exportação, estão paralisadas devido a mobilização feita pelo Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam).
Mesmo sem bloqueios, a manifestação no Porto ocorrida na segunda feira (1°) foi duramente reprimida pela Polícia Militar, que impediu os caminhoneiros de se manifestarem nos arredores e vias de acesso ao porto.
“Sem qualquer ilegalidade por parte dos manifestantes, o Governo usa da Força de forma abusiva para desmobilizar articulação das paralisações dos caminhoneiros. Embora chamados a conversar, os policiais alegaram não ter o que conversar, não quiseram se identificar e imotivadamente atiraram bombas de gás nos manifestantes para impedir o movimento”, protestou a Confederação Nacional do Transporte Rodoviário de Carga (CNTRC).