Após pedido do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que fez uma proposta de conciliação aos metroviários, a categoria voltou ao trabalho nesta quinta-feira, depois da paralisação iniciada à meia-noite de terça.
A proposta do TRT mantém as cláusulas do Acordo Coletivo vigente e assegura 7,79% de reajuste salarial a partir de 1º/5/2021. O mesmo índice vale para reajustar o VR e o VA, também a partir de 1º/5/2021. Propõe também o pagamento da 2ª parcela da PR de 2019 em 31/1/2022, entre outros itens. No entanto, a proposta não foi aceita pela empresa, por isso a decisão vai para a Justiça.
Na avaliação do secretário-geral da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes, “a paralisação foi vitoriosa”.
O dirigente sindical diz que o encerramento da greve, aceitando a proposta do TRT, mesmo sem acordo “não significa o fim da mobilização”, que ainda tem pela frente o julgamento do dissídio coletivo.
Segundo Wagner Gomes, houve “uma adesão altíssima e inédita. Foi uma das maiores greves da categoria”.
“Todo ano o Metrô vem retirando direitos e conquistas da categoria. Isto explica a grande adesão ao movimento”, ponderou o dirigente sindical.
A votação pelo encerramento da greve foi realizada via internet, na noite de quarta-feira, e teve participação de 3.274 metroviários, com 93,5% votando pela volta ao trabalho.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo também avalia que a greve foi vitoriosa e convoca a categoria para permanecer mobilizada.
“Os metroviários estão mais uma vez de parabéns. Mostraram sua organização e união com uma forte greve. A mobilização continua!”, diz o sindicato em nota.
O sindicato informou que os metroviários vão continuar utilizando os coletes em defesa dos direitos e que uma nova assembleia está marcada para a próxima terça-feira (25/5) para avaliação da campanha salarial.