Greve Geral paralisa indústrias, montadoras e petroquímicas

Mobilização em Guarulhos, comandada pelo Sindicato dos Metalúrgicos. Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos

As empresas Ford, Volkswagen, General Motors, Caoa Chery, Blue Tech, Sun Tech, Deca, Tekinia e Armco, em São José dos Campos e Taubaté (SP), começaram o dia totalmente paralisadas. As fábricas dos distritos industriais do Uma e do Piracanguagá, em Taubaté, também não estão funcionando, com a adesão total dos trabalhadores à Greve Geral contra a reforma da Previdência de Bolsonaro.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, desde a madrugada, dirigentes do sindicato e trabalhadores iniciaram protestos em frente às fábricas. Na GM, cerca de 3.000 trabalhadores que deveriam entrar no turno da manhã ficaram concentrados na entrada da empresa.

Também aderiram à Greve Geral trabalhadores de outras categorias, como os petroleiros da Revap (Refinaria Henrique Lage).

No setor químico, pararam seis empresas: Plastic Omnium, em Taubaté, Basf, Tarkett e Produquímica, em Jacareí, e TI Brasil e Johnson, em São José.

Os trabalhadores da Heineken também não apareceram para trabalhar e manifestantes protestaram na estrada que dá acesso à fábrica, em Jacareí.  

“É a classe trabalhadora entrando em cena contra a reforma da Previdência, os cortes na educação e o desemprego. Aqui no Vale do Paraíba tudo estará parado”, disse Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

Na região de Guarulhos (SP) a greve atinge praticamente todos os setores, os ônibus urbanos, fretados e intermunicipais não rodaram. Fábricas como a TecFil, U-Shin, Reydel, NTN, Cummins e Júlio Simões estão paradas e, logo pela manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região promoveu atos e manifestações nas portas dessas fábricas.

“Essa proposta de reforma neoliberal agride direitos e, na prática, promove exclusão social. Também afronta a Constituição e a própria dignidade humana”, afirma o presidente do sindicato e secretário nacional de Formação da Força Sindical, José Pereira dos Santos.

Na Bahia, no principal setor industrial do estado, e um dos mais importantes do país, o Pólo Petroquímico de Camaçarí, os trabalhadores também cruzaram os braços. Segundo o Sindiquímica, 70 fábricas estão sem funcionar.

O Porto de Aratu, Tequimar, Braskem, Monsanto, Vopav e demais indústrias estão paradas e os acessos às fábricas estão fechados desde a madrugada. 

No Rio de Janeiro, os trabalhadores da Refinaria Duque de Caxias (Reduc/RJ) não apareceram para render o turno da madrugada. No Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em Itaboraí, os funcionários também não apareceram para trabalhar.

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