
Os trabalhadores dos serviços de limpeza urbana de seis cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, entraram em greve nesta terça-feira (29). Por determinação da Justiça, por ser considerado serviço essencial, 70% das atividades devem ser mantidas.
A categoria – cerca de 3 mil trabalhadores que atuam nas cidades de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e Bertioga –, reivindica aumento salarial e de benefícios de 7% linear.
Em assembleia na segunda-feira (28), os trabalhadores rejeitaram a proposta de 5,5% de reajuste salarial e 7% nos benefícios, apresentada pelas empresas terceirizadas, e aprovaram a greve. “Sendo assim, a discussão pelo aumento salarial, que tem como base o mês de maio, foi encaminhado à Justiça”, disse o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes da Baixada Santista (Siemaco), André Rodrigues de Lima.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região (Sindrod), José Alberto Torres Simões, que representa os motoristas da coleta, a reivindicação de reajuste de 7% considera o índice da inflação acrescido de 2%, o que garante a reposição salarial.
“Se não houver o reajuste da inflação somado aos 2% de aumento real que o salário mínimo teve, em breve os trabalhadores da limpeza urbana estarão recebendo apenas um salário mínimo”, disse José Alberto.
Na manhã desta terça-feira, os trabalhadores fizeram uma manifestação na sede do Siemaco. Segundo o sindicato, houve várias tentativas de acordo entre a categoria e os empregadores, mas como a proposta foi recusada pelas empresas Terracom, Terra Santos Ambiental e PG Eco Ambiental, o único caminho foi a greve. Além do mais, uma audiência realizada na segunda-feira, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, buscou uma conciliação com a proposta de reajuste de 6%, mas essa proposta também foi rejeitada pelas empresas de limpeza.
As prefeituras das cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande e Bertioga afirmaram em nota que estão monitorando a situação e que já notificaram os consórcios responsáveis para que os serviços continuem sendo prestados. As prefeituras de Guarujá e Cubatão não se manifestaram.