“Todas as acusações contra a Rússia são absolutamente infundadas”, declarou o candidato a presidente Pavel Grudinin logo após a expulsão de 23 diplomatas russos após a acusação, sem provas, da Rússia ter envenenado o desertor Skripal, um ex-funcionário do Departamento Central de Inteligência (GRU), e sua filha.
Segue a declaração de Grudinin:
“É conhecido que o governo britânico decidiu expulsar 23 diplomatas russos do país. O pretexto foi a acusação de que a Rússia teria envenenado um desertor, um ex-funcionário do GRU, Skripal, e sua filha.
“É impressionante que todas as acusações contra a Rússia sejam absolutamente infundadas e sem provas. Todos são obrigados a ter fé nas alegações da primeira-ministra da Grã-Bretanha. Esta é uma clara violação do princípio da presunção de inocência.
“Tal posição contraria não só as regras do direito, mas também o bom senso: antes mesmo do início da investigação, os culpados foram definidos.
“Ainda mais surpreendente é que os líderes da Europa e dos EUA, apesar da completa falta de evidência do envolvimento da Rússia no envenenamento de Skripal, apoiaram incondicionalmente as autoridades britânicas.
“Fica a sensação de que Londres quer usar o escândalo com dois propósitos. Primeiro, para justificar a crescente hostilidade do Ocidente em relação à Rússia.
“Em segundo lugar, para desviar a atenção do público britânico da difícil situação econômica do país, que será exacerbada com a retirada da Grã-Bretanha da União Europeia. O governo desse país está enfrentando difíceis negociações com seus colegas da UE. Aparentemente, o ‘escândalo do espião’ costurado rapidamente com linhas brancas é projetado para fortalecer a posição da Inglaterra aos olhos de seus parceiros europeus.
“Insisto no sentido de que a liderança russa tome medidas de resposta vigorosas contra as ações obviamente provocativas do governo britânico. As autoridades da Federação Russa há tempo e repetidamente tem feito concessões ao Ocidente. Por exemplo, engoliram a aberta intimidação contra nossos atletas olímpicos. Todas essas concessões são percebidas no Ocidente como uma manifestação de fraqueza.
“A Rússia era, é e será um grande Estado. Somos obrigados a colocar nossos parceiros do Ocidente no seu lugar. E quanto mais cedo e mais energicamente, melhor! ”