Grupo de Solidariedade Brasil-Síria exige que governo respeite resolução da ONU sobre o Golã sírio

Tanques israelenses posicionados ao longo da fronteira com a Síria, na parte das Colinas de Golã ocupada por Israel - Foto: AFP

O Grupo de Apoio e Solidariedade Brasil-Síria divulgou manifesto exigindo que o Brasil cumpra a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) em respeito à soberania síria nas Colinas de Golã.

As Colinas de Golã são um planalto montanhoso de 1.200 quilômetros quadrados na divisa entre Líbano, a Síria e o Vale do Jordão. Foram ocupadas militarmente por Israel em 1967. O governo sírio reivindica a devolução da área.

A entidade denuncia que após a posse de Jair Bolsonaro “ficou claro que o Brasil adotou um alinhamento automático com Israel, votando sempre a seu favor na Assembleia Geral das Nações Unidas e em suas comissões, no que concerne ao tema, sendo a última votação sobre a resolução intitulada ‘O Golã Sírio’, aprovada em 2 de dezembro de 2020, quando o Brasil ficou entre os nove votos contrários à referida resolução”, afirma o manifesto assinado pela presidente do Grupo de Apoio e Solidariedade, Jucilene Pereira Barros.

“Exigimos do Governo brasileiro o cumprimento imediato das resoluções das Nações Unidas e a devolução desta terra ocupada ao povo sírio, que tem direito à soberania sobre todo o Golã sírio”.

Leia o manifesto:

Devolvam as Colinas do Golã!

O Golã sírio ocupado é um território sírio, ocupado por Israel em 1967 e sujeitado, à força, à sua jurisdição em violação ao Direito Internacional e à várias resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança, que preveem a retirada de Israel do Golã sírio ocupado e que quaisquer medidas adotadas por Israel, para impor suas leis e jurisdição sobre o Golã sírio ocupado, são medidas ilegais, nulas e sem qualquer efeito jurídico, de acordo com a Resolução 497 de 1981 do Conselho de Segurança.

Após a posse do Presidente Jair Bolsonaro, ficou claro que o Brasil adotou um alinhamento automático com Israel, votando sempre a seu favor na Assembleia Geral das Nações Unidas e em suas comissões, no que concerne ao tema, sendo a última votação sobre a resolução intitulada “O Golã Sírio”, aprovada em 2 de dezembro de 2020, quando o Brasil ficou entre os nove votos contrários à referida resolução.

A Síria ainda não conseguiu recuperar a sua soberania sobre o Golã sírio ocupado.

Exigimos do Governo brasileiro o cumprimento imediato das resoluções das Nações Unidas e a devolução desta terra ocupada ao povo sírio, que tem direito à soberania sobre todo o Golã sírio.

Assim como exigimos do governo brasileiro que mude seu atual padrão de votação e retroceda de sua posição atual, na qual o Brasil se posiciona contra a comunidade síria e seus descendentes que residem no Brasil, sem levar em conta os seus sentimentos, que adote uma posição consistente com Direito Internacional e com as resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral das Nações Unidas e apoie os direitos legítimos da República Árabe Síria em suas demandas legítimas de recuperar seus territórios ocupados.

JUCILENE PEREIRA BARROS
Presidente do Grupo de Apoio e Solidariedade BRASIL-SIRIA

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