Não move uma palha pela indústria nacional. Investimento público nunca esteve tão baixo em toda a história. Governo só fez subir juros, vender empresas estimular importações e destruir a produção brasileira. Na verdade, como chicago-boy que é, Guedes preferia mesmo é que o Brasil se tornasse uma colônia dos EUA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, atacou gratuitamente o principal parceiro comercial do Brasil, a China, durante evento em Passo Fundo (RS). “Não queremos a chinesada entrando aqui e acabando com nossas fábricas”, declarou nesta sexta-feira (26).
Ao atacar a China, Guedes não está, como procura aparentar, defendendo a indústria brasileira. Até porque, como chicago-boy que sempre foi, ele é um defensor ferrenho da submissão do Brasil aos bancos e carteis norte-americanos. Isto fica evidente no desmonte do Estado e nos cortes de investimentos públicos, que ele vem colocando em prática desde que assumiu, além das desonerações de importações.
O ministro de Bolsonaro não realizou qualquer projeto de industrialização ou de reindustrialização do país. Com os investimentos públicos no mais baixo patamar dos últimos 50 anos e os juros reais mais altos do planeta, Guedes não tem qualquer intenção em reindustrializar nada e sim escancarar o país aos produtos estrangeiros, de preferência dos Estados Unidos.
Não por outro motivo que ele vive isentando os especuladores estrangeiros e açambarcadores das empresas nacionais. Não só não investiu na construção de uma só fábrica, como entregou gasodutos, refinarias, entre outras estatais, subsidiárias da Petrobrás, e não foram para os chineses. Se deixarem solto, Guedes vende para os gringos até o Palácio do Planalto.
Durante o desgoverno Bolsonaro, Guedes fez a taxa de desemprego bater recorde, assim como a taxa de informalidade, do emprego precário, sem carteira. A inflação atingiu dois dígitos, o endividamento das famílias é recorde com 67 milhões de brasileiros inadimplentes, sem ter como pagar as contas, a renda desabou. O gás de cozinha e a conta de luz dispararam, assim como a gasolina e o diesel, com seus preços dolarizados. A pobreza explodiu com 33 milhões de brasileiros na fome.
Guedes não é só um serviçal dos banqueiros americanos. Ele é um pilantra. Enquanto destrói a economia nacional, vende as nossas empresas, enfraquece a produção nacional e privilegia a especulação e a parasitagem, esconde bilhões em contas secretas nas Ilhas Virgens Britânicas. Mais que dobrou sua fortuna escondida somente com a desvalorização do real estimulada por suas decisões.
Durante os quatro anos do governo Bolsonaro, ele bradou que a economia crescia em “V”, enquanto o Brasil patinava e a desindustrialização seguia incólume. No governo Bolsonaro simplesmente não há nenhuma politica industrial. Agora, demagogicamente, ele quer colocar a culpa pelo atraso econômico brasileiro nos chineses. Os chineses estão fazendo a parte deles, que é investir em produção e não na especulação. Nós não estamos fazendo a nossa parte. É por isso que eles se transformaram na fábrica do mundo e o Brasil está dando passos de volta a ser uma grande fazenda. F
O Brasil, que na década de 1980 tinha uma indústria maior que a chinesa, podia perfeitamente estar hoje em melhores condições de competir com os produtos industriais importados, sejam chineses ou de qualquer lugar, não fossem vendilhões como Guedes e Bolsonaro.
No Brasil a indústria já representou 34% do PIB (Produto Interno Bruto) e hoje representa menos de 10% do PIB. Nesse período em que Guedes e Bolsonaro estiveram no poder, esta tendência suicida se agravou e o Brasil voltou a ser um país exportador de produtos primários e importador de produtos industriais.