A insanidade de Bolsonaro, que vem provocando um agravamento na crise econômica do país, vai tornar as coisas ainda piores com as medidas de cortes nos investimentos públicos, anunciadas recentemente pelo governo. E, como se não bastasse isso, o presidente desdenha e trata de forma irresponsável a epidemia de coronavírus que avança sobre o país.
“No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo”, declarou Bolsonaro no início da semana.
Logo após a declaração do Bolsoanro, a Organização Mundial da Saúde oficializou a pandemia do coronavírus. A situação tende a se agravar no Brasil. Vão faltar leitos hospitalares para o tratamento da doença e o governo, além de desdenhar, anuncia cortes de investimento na saúde pública.
Vários países estão tomando providências sérias para enfrentar a pandemia e Bolsonaro prefere fazer piadas sem a menor graça. Os EUA acabam de fechar o país para os europeus. A presidente da Alemanha, país onde a economia há muito não anda bem das pernas, declarou que não vão faltar recursos para enfrentar o coronavírus.
Já a equipe econômica, capitaniada por Paulo Guedes, depois de prever um fantasioso crescimento do PIB de 2,1% este ano, anunciou que prepara mais cortes no Orçamento da União, cortes que vão atingir em cheio a Saúde. Além disso lançou sobre o Congresso seu pacote de contrarreformas, entre elas a PEC Emergencial, que reduz em 25% a jornada e os salários dos servidores da União, estados e municípios.
Como alertou o economista José Luis Oreiro, “o que a PEC Emergencial está propondo é a redução dos serviços públicos prestados à população. O servidor público é o médico, é o professor, é o policial”.
Além disso, o governo Bolsonaro quer acabar com as despesas obrigatórias da União, estados e municípios com as Saúde e Educação.
Guedes culpa Congresso pela crise
Na noite passada, quarta-feira (12), Paulo Guedes reuniu-se com deputados e senadores e mais uma vez tentou responsabilizar o Congresso pela crise econonômca e política, tentando impor sua agenda de reformas e reclamou da ampliação do acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, após a derrubada do veto presidencial pelo Congresso na mesma quarta-feira.
Ao contráraio do que anunciou pela manhão, disse aos parlamentares que o PIB iria crescer 1,4% por causa do coronavírus.
Segundo o Estadão, que teve acesso ao áudio, a reunião foi bastante tumultuada e alguns parlamentares se retiraram da sala. “Nós sabemos que assunto é grave, mas Guedes está rindo da nossa cara”, disse um congressista.
Após o embate, Guedes saiu da reunião com o rabo entre as pernas. Não apresentou nenhuma proposta para enfrentar a crise política e menos ainda o coronavírus.
A doença avança, mas a receita de Guedes é a mesma: mais cortes, arrocho, desemprego e desmonte do Estado.