“Se eu pudesse, privatizava todas a estatais”, disse o ministro de Bolsonaro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou no domingo (05), em entrevista à CNN Brasil, qual é o plano do governo Bolsonaro para a retomada econômica do Brasil pós-Pandemia. O plano é o mesmo de antes da pandemia, desmontar as infraestruturas estatais através de privatizações e concessões – que poderão ser iniciadas entre 60 e 90 dias. Ou seja, não há plano.
Nas quase duas horas de entrevista, Paulo Guedes buscou sinalizar ao mercado, assim como já fez várias vezes desde que assumiu a pasta da Economia, que o Brasil está à venda.
“Nós vamos fazer quatro grandes privatizações nos próximos 30, 60, 90 dias”, disse Guedes, sem querer detalhar quais seriam as estatais que o governo pretende vender, mas destacou em seguida que esse ano é um excelente ano para privatizar.
“Tem muitas coisas que vocês não sabem, por exemplo, quando se vendeu o Banco do Brasil seguridade ele valia mais do que o Banco do Brasil”. “Tem um arbusto que é uma empresa estatal, cheia de ativos valiosos. Subsidiárias da Caixa são um bom exemplo. Esse ano é um excelente ano para fazer um IPO grande: R$ 20, R$ 30, R$ 40, R$ 50 bilhões. Bem maior até que uma Eletrobrás”, disse Paulo Guedes destacando ainda:
“Toda vez que me perguntam eu vou dar a mesma resposta. O que você acha das empresas estatais, devem ser privatizadas? O que você gostaria? Privatizar todas”, enfatizou.
Antes da entrevista de Guedes à CNN, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se posicionou “radicalmente contra” a proposta de recriação de um imposto nos moldes da antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), em uma entrevista à GloboNews.
“Até o fim do meu mandato à frente da Câmara dos Deputados, em 1º de fevereiro do ano que vem, não contem com a votação de qualquer imposto disfarçado de CPMF”, avisou Maia.
Já Guedes, defendendo sua proposta de um novo imposto de transação financeira, reclamou para os repórteres da CNN: “esse debate foi interditado [na Câmara] e não sei por que não podemos debater isso?” Seria o melhor para podermos desonerar a folha salarial e todo mundo pagaria, o traficante, o corrupto, ninguém escaparia. Mas ficam com essa história de que não podemos criar esse imposto”.
Durante a entrevista, Paulo Guedes não mencionou em nenhum momento o programa Pró-Brasil, plano do ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, que prevê investimentos em obras públicas “para a recuperação de toda estrutura afetada pelo coronavírus”. Para Guedes a economia pôs pandemia será retomada pelo investimento privado e citou inúmeras vezes que o caminho para a criação de empregos passa pela desoneração da folha paga aos trabalhadores.
Para o ministro, a perspectiva é de que a pandemia perderá força em dois ou três meses e que a retomada viria nesse contexto. Guedes disse ainda, que “há um esporte nacional de autossabotagem, quando dizem que a gente não vai se recuperar, mas nós já estamos saindo do buraco”, disse.
O que já era difícil antes da Covid-19, retomar a economia a níveis anteriores à crise de 2014 apenas com o investimento privado, no pós pandemia se torna ainda mais improvável que o País se levante rapidamente sem o investimento público. Segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), o Brasil entrou em recessão no primeiro trimestre de 2020. O comitê considerou que houve um “pico no ciclo de negócios brasileiro no quarto trimestre de 2019”. “O pico representa o fim de uma expansão econômica que durou 12 trimestres – entre o primeiro trimestre de 2017 e o quarto de 2019”, diz o comitê.
Em apenas três meses, por conta da pandemia, a população ocupada perdeu 7,8 milhões de trabalhadores, o número de desalentados bateu recorde de 5,8 milhões de pessoas, 2,5 milhões perderam emprego com carteira assinada e o desemprego aumentou, atingindo 12,7 milhões de brasileiros, de acordo com o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) divulgada na terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em junho, o percentual de famílias com dívidas no país subiu para 67,1%, segundo pesquisa divulgada da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Uma pesquisa realizada pela Serasa Experian revelou que no mês de abril o número de pedidos de recuperação judicial no país apresentou uma alta de 46,3% na comparação com março. Já os pedidos de falência aumento de 25% frente ao mês anterior.
E o crédito para micro, pequenas e médias empresas continua empoçado nos bancos.
O que o Guedes não diz é que a grande maioria dos empresários brasileiros são de corruptos e são estes indivíduos que serão beneficiados com as privatizações, veja o que aconteceu em todos os Estados e Distrito Federal onde houve obras para copa do mundo e para as olimpíedas em todos os metrôs em São Paulo até rodovias privatizadas a propina existiu no momento com compras de respiradores e outros produtos para enfrentar o coronavírus várias empresas envolvidas desviando dinheiro público, lembrem-se que o Macelo Odebrech disse: que o seu avô já pagava propina para participar de licitações no serviço público lembremos também da Sudene da Sudam e Bancos Estaduais como Banestado e outros onde a corrupção foi monstruosa, por isto te afirmo sem medo de errar que não há matemático nem estatísco que consiga afirmar quantos trilões foram liberados para políticos e empresários mafiosos em todo País, principalmente as oligarquias velhas e velhacas que coman dam e mandam no Brasil a séculos isto o Guedes não conta será porque?