Proibiu concursos públicos. Para ele, médicos, professores, policiais, enfermeiros são todos servidores supérfluos
Em audiência pública sobre a “reforma” da Previdência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, na terça-feira (4), Guedes anunciou que suspenderá concursos públicos nos próximos anos porque “há servidores demais”.
Segundo ele, os governos anteriores contrataram servidores públicos em excesso e concederam reajustes salariais “ferozmente”.
“Nas nossas contas, 40% dos funcionários públicos devem se aposentar nos próximos cinco anos. Não precisa demitir. Basta desacelerar as entradas”, disse.
Em abril, Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional o projeto Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 sem a previsão de realização de concurso público.
No mês passado, na comissão especial sobre o tema, Guedes culpou os funcionários públicos pelos “desvios” e pela “roubalheira” que atingiu o país nos últimos anos.
Segundo ele, a categoria não cumpriu o seu papel: “A função deles é tomar conta das coisas públicas. Como teve desvio, roubalheira? Cadê a turma que tinha que tomar conta disso?”.
A declaração valeu uma reprimenda da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil CSPB). “Essa declaração é tão estapafúrdia, tão absurda, que nos autoriza a concluir uma coisa: o ministro sequer sabe o que é servidor público”, frisou o presidente da entidade, João Domingos.
No início do ano, o Ministério da Economia informou que iria reduzir 21 mil cargos, comissões e funções gratificadas em todos os ministérios. E publicou um decreto extinguindo essa quantidade de cargos.
A suspensão de concursos vai afetar drasticamente a população, afinal esses concursos são principalmente para a contratação de professores, médicos, enfermeiros e policiais.
Ainda na terça-feira, Guedes participou de reunião da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara e deu piti.
Questionado pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) sobre a relação entre a atuação de sua irmã Elizabeth Guedes, presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), e o corte de recursos no Ministério da Educação, afirmou estar sendo ofendido.
“Eu posso fazer uma exigência para ela: ou eu peço demissão ou ela vai embora do país enquanto eu tiver aqui. […] Vocês andam em territórios diferentes e depois acham que todo mundo anda no mesmo território”, afirmou, causando reação dos deputados.
O Ministério da Educação foi alvo de corte de R$ 5,8 bilhões.
Guedes teve embates sobre sua atuação em fundos de pensão.
O ministro da Economia de Bolsonaro ficou irritado com o deputado Rui Falcão (PT-SP), que citou a “experiência” de Guedes em atução nos fundos de pensão: “A minha experiência foi para criar muito valor para fundo de trabalhador. A sua experiência foi com gente que fez a mesma coisa? Com gente que trabalhou ou gente que derrubou? Eu ‘tô’ só perguntando. Cada um sabe sua experiência de vida. Tem gente que pega e some com o dinheiro. Tem gente que quebra tudo”, frisou.
Guedes é citado na Operação Greenfield, que investiga irregularidades em quatro fundos de pensão (Previc, Petros, Funcef e Postalis).
Em outubro do ano passado, a Procuradoria da República no Distrito Federal instaurou investigação criminal contra o economista, para apurar a suspeita de participação em esquema de desvio de recursos desses fundos de pensão.
A suspeita é que à frente do fundo de investimentos BR Educacional Gestora de Recursos S/A, Guedes cometeu os crimes de gestão temerária ou fraudulenta de instituição financeira.
VALDO ALBUQUERQUE
Papagaio come milho e periquito leva a fama.
Os corruptos levam (ROUBAM)e quem é prejudicado o povo. O buraco que está o País não foi funcionário público que fez não. Uma vergonha o salário mínimo .O próprio nome já o diz. O Presidente prometeu um País melhor. Criminalidade, educação e segurança continua no mesmo ou pior. PAÍS DESMORALIZADO.