A direção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu antecipar mais uma parcela de amortização de empréstimo junto ao Tesouro Nacional no valor de R$ 30 bilhões. A decisão atende determinação do ministro da Economia, Paulo Guedes. O pagamento será feito ainda neste mês de novembro.
Somado as outras amortizações antecipadas o total reembolsado será de R$ 123 bilhões este ano. Outros R$ 309 bilhões já foram antecipados nos anos anteriores.
Esse é mais um lance para desidratar o BNDES e com ele a principal fonte de recursos para investimentos, especialmente para as vendas da indústria, papel que a instituição desempenhou desde a criação em 1952.
No acumulado de janeiro a setembro, o valor do crédito cedido pelo banco foi de R$ 38,012 bilhões com uma queda de 13% em relação aos R$ 43,569 bilhões do mesmo período de 2018. Talvez não chegue aos R$ 50 bilhões até o final do ano.
Muito menor do que os mais de R$ 150 milhões que já teve capacidade de financiar.
Essa ação devastadora contra o banco, no contexto da política recessiva de Bolsonaro e Guedes, submete-o à crise geral da economia e do desenvolvimento que o país atravessa. No passado ao invés de ficar assim derrubado, o BNDES foi um instrumento que com sua força teve papel de destaque para impulsionar o crescimento do país.
O dinheiro devolvido ao Tesouro será utilizado exclusivamente para o pagamento de juros a bancos aumentando a esterilização de recursos no mercado financeiro ao invés de gerar investimentos e impulsionar a economia.
J.AMARO