O Talibã anunciou na segunda-feira (27) ter derrubado um avião militar dos EUA, com todos a bordo mortos, incluindo “altos escalões” da CIA. Não se sabe com certeza quantas pessoas estavam na aeronave, um E-11A. Chegou a ser noticiado que se tratava de um Boeing a serviço da companhia aérea local Ariana Airlines, o que já foi desmentido.
Porta-voz dos EUA reconheceu que um “Bombardier E-11A caiu hoje na província de Ghazni, Afeganistão”, disse que foi instaurada uma “investigação” e que “não havia indicação” da queda se deve a “fogo inimigo”.
O chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, general David Goldfein, disse não saber “o status da tripulação”.
Porta-voz do Talibã, conforme o portal Al Arabiya, afirmou que todos a bordo do avião “morreram no local”, inclusive “oficiais de alta patente” da CIA. O abate ocorreu por volta de meio dia (hora local) na área de Sado Khelo, no distrito de Dih Yak, área sobre controle da insurgência na província central afegã.
Imagens dos destroços parecem confirmar que não há sobreviventes. A CBS afirmou que foram encontrados no local os corpos de dois tripulantes.
‘SEGURA O PETRÓLEO’ TEM BAIXA NA SÍRIA
Mas não foi a única má notícia para o Pentágono no quesito ‘baixas’, no período recente. Como destacou o portal Zero Hedge, “outro soldado dos EUA foi morto na Síria na missão ‘Segura o Petróleo’ de Trump”. Foi na sexta-feira, em Deir ez Zor, e o soldado foi identificado como Antonio Moore, de 22 anos.
Depois das declarações de Trump de que “gosto de petróleo” e que as tropas só estão na Síria para “segurar o petróleo”, beira o cinismo a declaração do 363 Batalhão de Engenharia, que diz que todos que serviram com ele “sentirão sua falta” e que “nós agora focaremos em apoiar sua família e honrar seu legado e sacrifício”.
Ainda há 750 militares norte-americanos ilegalmente em território sírio.
34 FERIDOS NA RETALIAÇÃO
Noutro front, o Pentágono se viu forçado a desmentir Trump revelando que 11 soldados tiveram que ser levados para a Alemanha, para tratamento dos ferimentos sofridos na retaliação do Irã ao assassinato de seu principal líder militar contra duas bases dos EUA no Iraque.
Depois, ainda teve de corrigir para “34” o total de afetados por concussões cerebrais. Pegou mal a Casa Branca ficar dizendo que o que os soldados tinham era “dor de cabeça”.
Ao final, oito dos feridos já estão de volta aos EUA em decorrência da seriedade dos ferimentos e 9 continuavam em tratamento em centro médico militar especializado na Alemanha.
Outro dano colateral foi a indignação provocada entre as associações de veteranos pelo desdém mostrado por Trump quanto aos militares norte-americanos feridos – que ele até mesmo negava existirem.
ZONA VERDE: 1 FERIDO
Em tempo: no domingo, três morteiros atingiram a embaixada gigante dos EUA na Zona Verde, causando um ferido, do qual não se sabe se é norte-americano ou algum iraquiano que presta serviço no restaurante.
As más notícias acontecem quando milhões de iraquianos foram às ruas na semana passada para recomendar às mães norte-americanas que exijam a volta das tropas para casa – ou “encomendem os caixões” dos seus filhos.