O Projeto de Lei (PL) 2957/2024, de iniciativa do deputado paulista, foi protocolado nesta quinta-feira (18) e visa salvar a empresa estratégica para o país. O PL declara a “desapropriação por utilidade pública da empresa Avibrás Indústria Aeroespacial S/A”
Foi apresentado, na quinta-feira (18), na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL/SP), o Projeto de Lei (PL) 2957/2024, que “Declara a desapropriação por utilidade pública da empresa Avibrás Indústria Aeroespacial S/A, nos termos que especifica”. A informação é do comandante Robinson Farinazzo, do canal “Arte da Guerra”.
O deputado, que também é pré-candidato a prefeito da cidade de São Paulo, argumenta no projeto que “o planejamento estratégico da Indústria de Defesa deve ser prioridade para qualquer país que pretenda ter Soberania Nacional, para a qual é imprescindível hoje a Avibras, a maior empresa privada do segmento de defesa do Brasil”.
Na prática, o PL 2957/2024 de Boulos defende a nacionalização da empresa, que passaria a ser controlada pelo Estado brasileiro.
O comandante e ex-capitão de fragata da Marinha, Robinson Farinazzo comemorou a iniciativa do deputado, enfatizando a importância de uma solução que mantenha a Avibrás sob controle brasileiro. Para ele “esta iniciativa torna-se fundamental para a soberania do Brasil”.
O militar conclama em seu canal “Arte da Guerra”, que tem centenas de milhares de seguidores, que neste momento, independentemente de viés ideológico, “é fundamental que você escreva e pressione seu deputado pela aprovação deste projeto, que, reitero, é de importância capital para o Brasil”.
Em recente reportagem, publicada pelo HP, já se revelavam os problemas financeiros vividos pela Avibrás e por outras empresas da área de Defesa. O professor Eduardo Siqueira Brick, de Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança na Universidade Federal Fluminense (UFF), alertou, na ocasião, para a necessidade de maior envolvimento do Estado nacional na solução dos problemas da Avibrás, uma empresa estratégica para o país.
Citando algumas empresas que passaram por graves crises nos últimos anos, como os casos emblemáticos da MECTRON e da própria Avibrás, Eduardo Siqueira Brick afirmou ser “necessário tomar uma decisão política, que virá necessariamente de Brasília”. “Politica de defesa não é atribuição das Forças Armadas, mas, sim, do Estado do Brasil. As Forças Armadas são instrumentos de defesa”, afirmou o especialista.
A iniciativa do deputado pressiona o governo para defender a empresa estratégica e se soma ao empenho dos militares que não querem a desnacionalização da Avibrás.
O Comandante do Exército, general Tomás Paiva, por exemplo, afirmou, em audiência na Câmara dos Deputados, realizada em abril, que o Exército “está trabalhando para tentar interromper a venda da Avibrás”. “Estamos totalmente empenhados na solução dos problemas da Avibrás”, disse o comandante.
“Estamos trabalhando e temos todo o interesse em resolver os problemas desta empresa porque ela é uma empresa estratégica de defesa e o Exército é o mais interessado em que isso se resolva da maneira mais rápida possível”, acrescentou o general, ao responder a uma pergunta sobre a notícia de que a empresa estaria em dificuldades financeiras e sendo vendida para um grupo australiano.
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Boa noite deputados não deixe que nós perda a vibras nós precisamos de nossa soberania não precisamos de arma para atacar mas sim para nos defender mostrar que somos capaz nós brasileiros precisamos dos senhores parlamentar
Caros deputados, já basta a Engesa que se foi no passado. A Avibrás e um patrimônio nacional de extrema importância extratégica para nossa soberania. Con 60 anos de pesquizas, desenvolvimentos e produções na área militar, não e pra ser jogada fora. Pensem nos profissionais especializados de áreas, Técnicos, Engenheiros e indiretos com conhecimentos adquiridos a longo tempo.