O candidato a vice na chapa do PT, Fernando Haddad, não descartou a possibilidade de uma aliança entre petistas e tucanos. “O PT e o PSDB, aqui em São Paulo mesmo, tiveram episódios muito interessantes”, afirmou, em entrevista promovida pelo banco BTG Pactual, em São Paulo. “O PT não tem esse preconceito”, disse.
Lançado oficialmente como candidato a vice, ele falou na condição de representante do PT, uma vez que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso em Curitiba.
Haddad lembrou, por exemplo, que, em 1998, a então petista Marta Suplicy ficou de fora do segundo turno na disputa do governo estadual e decidiu apoiar Mário Covas (PSDB), que venceu a disputa contra Paulo Maluf (PPB, atual PP).
O vice comentou que dois anos depois, foi a vez do tucano retribuir a gentileza. “A Marta foi para o segundo turno e, como era o mesmo adversário, o Covas retribuiu, e a Marta foi eleita em 2000 com apoio do PSDB”, disse.
Fernando Haddad continuou discorrendo sobre as boas relações entre petistas e tucanos, ressaltando que – quando foi ministro da Educação, durante seis anos do governo Lula – nunca teve um voto contrário do PSDB no Congresso Nacional.
Ele também defendeu o candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin, cuja gestão foi alvo de denúncias de desvios em relação ao Rodoanel. “Na campanha eleitoral, se me perguntarem sobre o Alckmin, vou dizer a verdade. Em quatro anos, nunca vi um empresário sugerir uma conduta inadequada do Alckmin”, disse.
Notavelmente o Partido dos Trabalhadores atira para todos os lados desesperadamente na tentativa de buscar apoio, entretanto é valido lembrar que suas alianças com partidos ao qual se enfrentavam entre eles (PSDB e PMDB), tornou-se algo corriqueiro já que sua base foi desestruturada em meio ao caos criado não somente durante sua gestão mas também em gestões anteriores. O que coloca o eleitor em xeque diante desta situação, são as problemáticas no cenário político atual, por um lado o partido que se intitula como partido dos trabalhadores, que embora possua este nome não age muito diferente dos que passaram pela gestão do país anteriormente: privatização de empresas publicas, endividamento da classe trabalhadora, entraves nos programas educacionais enriquecendo os empresários donos de universidades particulares, manutenção da miséria diante dos problemas com o programa do bolsa família e entre outros.