Se o leitor achou que o título desta matéria é surrealista – ou, simplesmente, maluco – a culpa não é nossa. Vejam, amigos e amigas, o que aconteceu:
Depois de ser escolhido boneco de ventríloquo de Lula – na “Operação Triplex” (dois candidatos de mentira e uma vice) – o ex-prefeito Fernando Haddad se reuniu com representantes do J.P. Morgan, Morgan Stanley, BTG Pactual, XP Investimentos, e com o cartel dos bancos, a Febraban.
Além disso, recebeu convites para encontros do BGC/HSBC, Banco Plural, Genial Investimentos, Concordia, Guide Investimentos e MBC/Gerdau.
Na última quinta-feira, na Paraíba, Haddad, falando a ativistas do PT, disse que “temos que enfrentar os bancos. Bancos foram feitos para serem enfrentados. Nós não temos mais paciência com esses caras”.
Segundo informações de banqueiros e executivos de bancos, que estiveram nos encontros com Haddad, ao Estadão/Broadcast, ele prometeu que, caso consiga ganhar as eleições, seu ministro da Fazenda será “um quadro conhecido do mercado, com credenciais fortes, afinado ao projeto petista e dono de uma biografia que remeta ao pragmatismo”.
Deve ser o Henrique Meirelles, que, a toda hora, lembra o que Lula disse dele: “Tenho muito respeito pelo Meirelles e devo a esse companheiro. Eu precisava de alguém competente no Banco Central”.
“Nos encontros com o setor”, informaram os banqueiros, Haddad “se empenha em apresentar um discurso sustentado no rigor fiscal com compromisso social, combinado ao pragmatismo na economia. Esta perspectiva ampliou o interesse pelo ex-prefeito no segmento financeiro.
“Os relatos de Haddad aos investidores costumam passar ainda pelo fato de ter participado de conselhos econômicos de governos petistas, ou ainda por sua gestão na Prefeitura de São Paulo ter obtido selo de grau de investimento da Fitch Ratings.”
Em janeiro, Haddad havia declarado que “participei de um encontro do JP Morgan em São Paulo, de um encontro do Movimento Brasil Competitivo do (Jorge) Gerdau, fui a Nova York me reunir com fundos de investimento no Brasil porque é uma forma de me apropriar daquilo que está sendo discutido nestes ambientes. Acho que há interesse mútuo de discutir o País. Lula nunca fechou as portas para quem quisesse buscar interlocução”.
A “interlocução” de Lula, com a nomeação de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central, custou ao país R$ 1 trilhão, 285 bilhões e 62 milhões, em juros, transferidos do setor público para o setor financeiro, durante oito anos.
O recorde foi batido por Dilma Rousseff, que, em cinco anos, passou R$ 1 trilhão, 512 bilhões e 558 milhões, em dinheiro público, para os bancos, sob a forma de juros (ambos os valores não foram corrigidos pela inflação).
É isso o que Haddad chama de “interlocução” e “pragmatismo”. Porque, claro, “os bancos foram feitos para serem enfrentados”.
C.L.
Pois é, está me dando nos nervos isso também. Toda vez que fico sabendo desse sujeito falando sobre enfrentar bancos eu quase explodo. O PT, com Lula e Dilma, teve treze (13) anos para enfrentar os bancos, acabar com o cartel, lutar contra os juros altos, e o que fez? Nada! Um bom e grande nada! Agora vem dizer que desta vez irá fazer?! – “Me dê outra chance que desta vez faço!” Quem eles acham que vão enganar? Não a mim. Treze (13) anos não bastam para eles tentarem? Quantos anos precisam para enfrentar os bancos, 20? Não com o meu voto!
Tenho o palpite, apesar de não ter lido todos os arquivos do HP, que aquilo que fez o jornal desgostar do Lula e do PT foi justamente isso, entre outras coisas. Recordo de ler vagamente nos exemplares dos anos 2002 o HP defendendo o Lula, estando do lado do Lula: “os juros estão lá em cima porque vocês colocaram lá”. E conforme o tempo ia passando e o jornal (aqui posso estar errado) foi percebendo que o Lula não iria abaixar os juros, não iria enfrentar os bancos, o jornal foi abandonando o lado dele. … E olha só como é que são as coisas. Recentemente li um comentário na internet de um petista/lulista defendendo o Lula dizendo que o presidiário tinha sido tão bom presidente que governara para os ricos (juros) e para os pobres (bolsa família). E eu pensei: “o Lula dá uma montanha de dinheiro para os ricos e apenas um pouco, o que a direita chama de migalhas, para os pobres”. Na hora também lembrei de uma professora falando que nesta situação a classe média foi toda esquecida.
P.S.: Não depende do meu gostar, só que da justiça, mas se dependesse do que eu quero eu digo que o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva irá passar os 12 bons aninhos dentro da cadeia (isso se não ganhar mais anos de prisão por outras coisas), e que provavelmente serão os últimos da vida dele. Ou seja, quando ele morrer terão que tirar o corpo da prisão para enterrar. … Pede-se para não ter ódio, não ficar alimentando essas coisas, pois é nocivo à própria saúde, mas neste caso está difícil, viu?! O que essa gente brinca com a nossa cara é de deixar nervoso.
Certamente, leitor. Apenas, acrescentaríamos, além do que você escreveu, o leilão do campo de Libra, o maior campo de petróleo do mundo, descoberto pela Petrobrás, que Dilma, com apoio explícito de Lula, entregou parcialmente às multinacionais. Não havia nenhum motivo, exceto o entreguismo, exceto mostrar aos seus amos de fora como eles era bem comportados e submissos, para esse crime contra o Brasil (por favor, v. HP 23/10/2013, Leiloeiros entregam 40% de Libra para o cartel das 5 harpias e Manifestantes enfrentam por cinco horas os cães de guerra de Dilma).