Haddad tem aprovação de 41% entre os rentistas

Presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Ricardo Stuckert - PR

Lula, 90% negativa, diz Quaest

O trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem a aprovação de 41% dos agentes do mercado financeiro e a reprovação de somente 24%, aponta pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). 35% dos agentes avaliam seu trabalho como regular.

Enquanto a avaliação de Haddad, o “pai” do arcabouço fiscal e do corte de R$ 327 bilhões em gastos, ao longo de cinco anos, é positiva, o governo Lula é mais rejeitado por esse grupo.

O levantamento mostra que o governo tem a rejeição de 90% dos agentes de mercado e a aprovação de 3%. 7% avaliam como regular.

A avaliação negativa do governo para o setor financeiro cresceu em 26 pontos percentuais desde março, quando era 64%.

Esse crescimento vem principalmente do grupo que avaliava como regular, que antes era de 30%.

No dia 27 de novembro, Fernando Haddad anunciou, em pronunciamento oficial, que realizaria cortes nos gastos do governo.

Entre 2025 e 2026, o ministro cortou R$ 71,9 bilhões, sendo que mais de 30% são no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e na limitação do aumento do salário mínimo.

Haddad estabeleceu uma limitação para o aumento do salário mínimo, conforme as regras do arcabouço fiscal.

Já entre 2025 e 2030, o corte é de R$ 327 bilhões. Desse valor, 33,5% são somente no teto para o salário mínimo. O Fundeb, nesse período, representa 13% do corte, com R$ 42,3 bilhões a menos.

Os pagamentos de abono salarial para os trabalhadores também foram restringidos e perderá, em cinco anos, R$ 18,1 bilhões. O Bolsa Família foi cortado em R$ 17 bilhões, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), em R$ 12 bilhões e a Lei Aldir Blanc em R$ 7 bi.

Apesar de gostar do trabalho de Fernando Haddad, os agentes do mercado financeiro não ficaram satisfeitos com os cortes.

A Quaest revelou que 58% deles acharam o corte de gastos “nada satisfatório” e 42% acharam “pouco satisfatório”.

92% desse grupo apoia o corte no abono salarial, 88% apoiam a política de cortes no BPC e 86% apoiam a limitação no aumento do salário mínimo.

Mesmo que não esteja previsto para 2025 e sua implementação dependa do Congresso, Fernando Haddad anunciou que o governo vai propor a isenção do Imposto de Renda para pessoas que recebem até R$ 5 mil. Essa proposta é rechaçada por 85% dos agentes de mercado.

A pesquisa Quaest ouviu 105 analistas e pessoas que atuam em fundos de investimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre 29 de novembro e 3 de dezembro.

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