A foto (acima) é de fevereiro de 2019 e mostra Bolsonaro, chefes de Marinha, Exército e Aeronáutica, o general Heleno, que na época era ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Mauro Cid
O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e um dos maiores apoiadores da trama golpista de Bolsonaro, negou, durante a CPI dos Atos Golpistas, nesta terça-feira (26), que Mauro Cid participasse das reuniões com líderes das Forças Armadas. No entanto, imagens do próprio governo desmentiram Heleno e mostrando Cid junto de Heleno nas reuniões.
Sobre a informação que Mauro Cid deu à Polícia Federal, de que Bolsonaro tentou convencer os chefes militares a apoiarem o golpe, ele afirmou que era fantasia e que Cid não participava de reuniões. “Não, e eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid, ele não participava de reuniões, ele era o ajudante de ordens do presidente da República”, disse o depoente, sendo desmentido imediatamente pela foto mostrada na sessão.
A imagem, intitulada de “Reunião com Ministro da Defesa e Comandantes das Forças Armadas”, foi publicada no dia 25 de fevereiro de 2019 e mostra Bolsonaro, chefes de Marinha, Exército e Aeronáutica, o general Heleno, que na época era ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Mauro Cid, que atuava como assessor do ex-presidente.
A foto foi apresentada durante a sessão da CPMI pelo deputado Rogério Correa (PT-MG) durante o depoimento em que o general Heleno afirmou que Mauro Cid não participava de reuniões e não sabia de nada.
O general havia dito também que o depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal dando conta de uma reunião em que Bolsonaro tentou convencer os chefes militares a apoiar o seu golpe era pura fantasia. Foi nesta reunião que, segundo Cid, o então comandante do Exército, general Freire Gomes, alertou que, se houvesse insistência no golpe por parte do presidente, mandaria prender Bolsonaro.