Israel invade espaço aéreo do Líbano e bombardeia sua região sul com 100 de seus caças, mas não consegue evitar que as bases de Galilot e Ein Shemya fossem atingidas pelos drones da Resistência Libanesa, informa o secretário-geral do Hezbollah, Sayed Nasrallah
A direção do braço da Resistência Libanesa, o Hezbollah, assumiu a resposta à agressão israelense de 30 de junho, quando, a mando de Netanyahu, caças israelenses bombardearam o sul de Beirute e assassinaram o número 2 na cadeia de comando do Hezbllah, Fuad Shukr, e civis.
A ação de resposta aconteceu neste domingo (25), na qual foram alcançadas com drones as bases de Galilot e Ein Shemya, segundo informado em detalhes pelo secretário-geral do Hezbollah, Sayed Nasrallah.
“Nós estabelecemos as linhas mestras de nossa resposta, garantindo que os alvos não deveriam ser civis, nem infraestrutura do inimigo, mas, ao invés disso, bases militares diretamente conectadas à operação de assassinato de Fuad Shukr”, declarou Nasrallah.
Foram identificadas como atingidas as bases de Galilot (uma base central de espionagem que sedia a Unidade 8.200, a 110 quilômetros da fronteira sul do Líbano e a apenas 1.500 metros de Tel Aviv) e a base aérea de Ein Shemya, de onde partem caças para atacar o Líbano. Ein Shemya fica a 75 quilômetros da fronteira libanesa e a 40 quilômetros de Tel Aviv.
“A Resistência planejou lançar 300 foguetes Katyusha, número definido como suficiente para suplantar o Domo de Ferro (Sistema de defesa norte-americano instalado em Israel) e seus míssei de interceptação por diversos minutos, permitindo aos drones destinados às bases militares prosseguirem em seu trajeto”, descreveu o líder libanês.
Segundo ele, quando Israel percebeu a movimentação, tentou atingir as base de lançamento do Hezbollah, mas sem sucesso, no ataque que definiu como “preventivo”, mas “um fracasso em termos de inteligência e de atingir nossas plataformas”. “Às 5:15 da madrugada, foram lançados 340 foguetes e todos os sítios de drones os lançaram. Nenhum destes sítios foram atingidos antes ou depois da operação”.
Segundo ainda Nasrallah, o plano definiu que a resposta se daria 40 dias após o assassinato, na esperança de que as negociações em curso levassem a um cessar-fogo e à suspensão do genocídio dos palestinos residentes na Faixa de Gaza.
Ele ainda destacou que “se houve algum dano às cidades de Naharya ou Acre, foram causados pelos mísseis de interceptação israelenses”.
O dirigente do Hezbollah também rebateu a “narrativa israelense” como “cheia de mentiras”: “O que o inimigo proclama, que atingiu mísseis balísticos preparados para atingir Tel Aviv, é falso”.
Acerca do impacto da retaliação ao assassinato de Fuad Shukr, “depende de Israel acatar sua responsabilidade por ela e se o resultado é satisfatório, consideramos o processo de resposta completo, mas, se ao contrário, ficar aquém disso, nos reservamos o direito de nova ação futura”.
Enfim, arrematou que “nossos dados apontam que um número substancial de drones – lançados do Vale do Bekaa – alcançou com sucesso os dois alvos especificados e, no entanto, como de costume, o inimigo mantém esta informação de forma confidencial”.