
Medida mostra o isolamento crescente do regime nazista de Netanyahu
A Holanda anunciou, na segunda-feira, que está proibindo a entrada dos fascistas Smotrich e Ben Gvir, que assumem abertamente o apoio à matança na Faixa de Gaza, inclusive pela fome imposta pelo governo de Netanyahu.
Os dois ministros israelenses barrados, Bezalel Smotrich, ministro das Finanças e Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional, são apoiadores fanáticos do genocídio de palestinos com a anexação da ocupada Cisjordânia e defendem a ocupação de Gaza, assim como a criação de um campo de concentração para dois milhões de palestinos em 1/3 da Faixa de Gaza, ao sul.
Outros países, o Reino Unido, o Canadá, a Austrália, Nova Zelândia, a Noruega e a Eslovênia já impuseram sanções a Ben Gvir e Smotrich.
“O gabinete decidiu, portanto, declarar os ministros israelenses Smotrich e Ben-Gvir personas non gratas e está comprometido em registrá-los como estrangeiros indesejáveis no sistema de registro do país”, declarou Caspar Veldkamp, ministro das Relações Exteriores holandês.
O sistema de registro Schengen, é uma base de dados governamental criada pela Comissão Europeia, utilizado por 31 países europeus. O registro também contém um registro de indivíduos indesejados, usado pela guarda fronteiriça, polícia e alfandega para manutenção da segurança pública na Europa, a Holanda se compromete a inserir os dois criminosos neste registro.
De acordo com Veldkamp, defendendo a medida no parlamento holandês, ele disse que os dois ministros de Netanyahu, “incitaram repetidamente a violência contra a população palestina, defenderam persistentemente a expansão dos assentamentos ilegais e pediram pela limpeza étnica na Faixa de Gaza.”
“Essas ações e declarações estão além da justificativa,” ele disse.
“O gabinete deu esse passo porque suas condutas minam qualquer perspectiva de paz e violam os princípios fundamentais do direito internacional.”
Ele também afirma que a Holanda irá convocar o embaixador de Israel para protestar contra o “insuportável e indefensável”. Veldkamp disse que desde 7 de outubro de 2023, o governo holandês rejeitou 11 licenças de exportação de equipamentos militares destinados a Israel.
O primeiro ministro da Holanda, Dick Schoof, disse que está considerando “tomar medidas nacionais” contra Israel e que a Holanda irá apoiar a sua suspensão do programa de pesquisa da União Europeia, se Bruxelas concluir que Israel está barrando a entrada de ajuda humanitária a Gaza.
“O povo de Gaza deve ter acesso imediato, irrestrito e seguro à ajuda humanitária. Se a UE decidir amanhã que Israel não está em conformidade com os acordos relevantes sobre isso, a Holanda apoia o plano de suspender a participação israelense no programa de pesquisa da UE Horizon,” defendeu Schoof em uma postagem nas redes sociais.