O governo Trump anunciou que não vai renovar o status de proteção temporária (TPS) para mais de 50 mil haitianos com residência legal provisória nos EUA, o que foi explicado não pelo agravamento da xenofobia na Casa Branca, mas “devido aos notáveis progressos realizados desde o terremoto de 2010 no Haiti”.
A decisão foi revelada pela secretária interina da Homeland [Departamento de Segurança Interna], Elaine Duke, e esses refugiados terão 18 meses até a data final de expulsão no dia 22 de junho de 2019.
Para o Homeland, as “condições causadas pelo terremoto de 2010 não existem mais”. Em maio, o Departamento havia estendido em seis meses a permanência dos haitianos. De acordo com o DHS, quase 98% dos campos de pessoas deslocadas no terremoto do Haiti encerraram as atividades.
Segundo a mídia norte-americana, a maioria das pessoas com o status TPS chegou aos EUA ilegalmente, mas puderam ficar graças a uma lei de 1990 que permite permanência legal em caso de instabilidade no país de origem em decorrência de catástrofes naturais ou guerras.
Autoridades haitianas e vários parlamentares norte-americanos pediram que os haitianos não sejam expulsos, devido à instabilidade política e à crise econômica no pais mais pobre do continente americano.