Os candidatos à Prefeitura de Porto Alegre estrearam no horário eleitoral no início da tarde desta sexta-feira (9) se apresentando aos eleitores e pedindo por mudanças na gestão municipal.
A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), apontada como a primeira colocada nas últimas pesquisas de intenção de voto, falou das principais características de Porto Alegre exibindo pontos tradicionais da cidade e propôs um “caminho novo” para a capital gaúcha.
A candidata se apresentou aos eleitores contando sua trajetória política, que começou como vereadora da Capital. “Foi aqui que nasci é aqui que vivo, foi aqui que tive o meu primeiro mandato em 2004”, disse.
Manuela destacou que nos últimos 16 anos, sempre esteve ao lado de “quem precisa”. “E estou determinada a fazer de Porto Alegre uma cidade com mais justiça e igualdade”, concluiu.
José Fortunati (PTB), segundo colocado nas pesquisas, usou seu tempo pra apresentar o jingle da campanha, com imagens da cidade e do candidato conversando com a população.
Já Sebastião Melo (MDB), o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, usou seu tempo para homenagear as vítimas do coronavírus e afirmou que “após uma guerra, precisamos de paz”, ao refletir sobre a necessidade de recuperação econômica pós pandemia. “A cidade também perdeu muitos comércios, muita coisa fechou, muita gente desempregada. Mas eu tenho certeza que a cidade vai se reerguer”, disse.
O atual prefeito e candidato a reeleição, Nelson Marchezan (PSDB) aproveitou seu primeiro programa para prestar solidariedade às pessoas que perderam parentes, amigos e colegas de trabalho para o novo coronavírus. O tucano agradeceu o emprenho dos profissionais de saúde.
Marchezan assegurou que todas as decisões da sua gestão aconteceram depois de muito “pensar, discutir e ouvir”, e disse para justificar suas medidas de combate a pandemia que poderia “errar como prefeito, mas não como ser humano”.
Fernanda, do PSol, apareceu na Orla do Guaíba em seu primeiro horário eleitoral. “É preciso coragem para enfrentar os impactos da pandemia, e o governo criminoso de Bolsonaro”, disse a candidata. O candidato a vice, Márcio Chagas, também participou e afirmou que é preciso coragem para levar a esquerda até o segundo turno.
João Derly, do Republicanos, questionou o telespectador sobre o “tipo de prefeito que ele quer” e citou possíveis características para um prefeito, como “extremista”, “comunista”, adepto de “monólogo” ou que só pensa em “reeleição”. Ele disse não integrar nenhum desses adjetivos.
Nagelstein, do PSD, se apresentou como “um prefeito novo para uma nova Porto Alegre”. “O que eu te peço é uma oportunidade, pra gente fazer uma Porto Alegre melhor, diferente”, disse.
O vice-prefeito de Porto Alegre, Gustavo Paim (PP), que rompeu a aliança com Marchezan em 2019, após vereadores do PP votarem contra o aumento dos valores do IPTU na cidade, usou seu tempo para criticar o atual prefeito, que, segundo ele “traiu a cidade”.
“Eu estou numa eleição porque acredito. Conheço a máquina pública, conheço os caminhos”, disse Gustavo Paim.
Juliana Brizola (PDT) narrou uma carta falando sobre Porto Alegre. “Já tivemos momentos melhores, eu sei. Mas a vida é assim. Os momentos de crise nos ensinam e nos fazem crescer”, disse. A candidata ainda falou em resgatar as esperanças. “Já vivemos e superamos muitas fases ruins e se a gente venceu, foi porque estávamos juntas”.
Rodrigo Maroni, do Pros, afirmou ser “o maior protetor dos animais do Brasil” e apareceu com um cachorro no colo para dizer que “os animais sentem frio, fome, sede e dor”.