A presidente de Honduras, Xiomara Castro, anunciou na quarta-feira (1º), que o analfabetismo no país está em processo de total erradicação e que dentro de meses chegará ao seu fim. O sucesso da cooperação entre Honduras e Cuba para a educação foi ressaltado pela presidente Xiomara no momento que anunciou os êxitos do combate ao analfabetismo no país.
O programa cubano, ‘Yo sí puedo’ (“Sim, eu posso”) usado em mais de 30 países, foi desenvolvido nos anos 90 em Cuba pela pedagoga cubana Leonela Relys, no ‘Instituto Pedagógico Latino-Americano e Caribenho’ (IPLAC). É o mesmo sistema de combate ao analfabetismo usado pelo MST desde 2006.
Em Honduras, segundo o ‘Brasil de Fato’, mais de 120 educadores ensinaram a 370 mil hondurenhos a ler e a escrever. Outros países que em cooperação com Cuba, combateram o analfabetismo foram a Bolívia e a Venezuela e recentemente foram reconhecidos pela UNESCO como países livres de analfabetismo.
O sistema tem duração de sete semanas com 65 aulas teóricas e práticas até aprenderem a leitura e escrita. Foi criado para ter um caráter internacional para realidades sociais e línguas diferentes. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Honduras (INE), no momento de assinar o convênio com Cuba, 12% da população hondurenha não sabia ler nem escrever.
“O plano do meu governo de socialismo democrático está se cumprindo. Em apenas alguns meses, terei a honra de anunciar a derrota do flagelo do analfabetismo, graças ao programa cubano ‘Yo sí puedo’,” disse a presidente hondurenha. Honduras já foi um dos países com as piores taxas de analfabetismo e desistência do ensino médio.
Outro país que recentemente retomou o acordo com Cuba no combate do analfabetismo é o Panamá. Em 27 de dezembro do ano passado, ambos os países assinaram um acordo para a continuidade do programa de alfabetização baseado no ‘Yo sí puedo’ cubano.
Fonte: “Brasil de Fato”, artigo de Gabriel Veras Lopes (Havana, Cuba)