Centenas de hondurenhos e estadunidenses uniram suas vozes em protesto na noite de domingo em frente à embaixada dos EUA, em Tegucigalpa, contra o apoio de Washington ao golpista Juan Orlando Hernández (JOH). Derrotado nas urnas em sua tentativa de reeleição, o presidente marionete dos ianques enfrentou recentemente uma semana de greve geral, ampliando a repressão e multiplicando as mortes e prisões.
Entoando “Fora JOH”, “assassinos, assassinos” e “vai cair, a ditadura vai cair”, os manifestantes reiteraram que não vão sair das ruas enquanto o presidente eleito, Salvador Nasralla, não for empossado. Candidato pela Aliança de Oposição contra a Ditadura, Nasralla conta com o apoio do ex-presidente Manuel Zelaya, deposto por um golpe também orquestrado pelos EUA.
“Viemos lançar luzes frente à escuridão de uma ditadura que tem a proteção imediata e permanente dos Estados Unidos”, denunciou o jesuíta Ismael Moreno, liderança do ato convocado pela Convergência contra a Impunidade. Iluminado simbolicamente por velas, Moreno reiterou que o governo ianque era “o responsável direto pelos assassinatos e do esmagamento da democracia em Honduras”. Acompanhado de aplausos, o jesuíta agradeceu a solidariedade de um grupo de religiosos norte-americanos que se fez presente, “unidos conosco pela justiça e pela paz”.
As organizações de direitos humanos de Honduras alertaram que a onda repressiva que se seguiu à farsa eleitoral deixou mais de 30 oposicionistas mortos e centenas de presos e feridos pelas forças policiais e militares da ditadura