Comandados pelo ex-presidente Manuel Zelaya, centenas de manifestantes marcharam até a frente da embaixada dos Estados Unidos, neste sábado, em Tegucigalpa, para rechaçar o cancelamento do Status de Proteção Temporária (TPS) que acolhia cerca de 60 mil imigrantes hondurenhos. Com 44 mil dos seus residentes – 22% dos 254.550 migrantes de origem centro-americana nos EUA -, Honduras é o país mais afetado pela medida anunciada pela administração Trump.
Coordenador da Aliança de Oposição contra a Ditadura, Zelaya afirmou que o governo de Juan Orlando Hernández deveria negociar o TPS ou a residência permanente em troca dos “tratados comerciais e militares” assinados de forma submissa com os estadunidenses.
O TPS favorecia cidadãos de países afetados por catástrofes naturais ou conflitos bélicos. No caso de Honduras, foi a partir da devastação causada pelo furacão Mitch, em 1999.
Dezenas de milhares de nicaragüenses, haitianos e salvadorenhos já haviam sido atingidos pela medida e têm agora até setembro de 2019 para regressar ou tentar a loteria, enfrentando a burocracia na busca de documentos que os “legalizem”.
Organizações de direitos humanos condenaram a determinação da administração Trump por considerar que não existem as mínimas condições para que retornem, devido aos altos índices de violência, pobreza e insegurança existentes.