Apesar da forte repressão policial, mil hondurenhos marcharam em Tegucigalpa na última sexta-feira para exigir a renúncia do presidente Juan Orlando Hernández (JOH) e rechaçar o projeto de privatização da saúde e da educação.
“Não é um presidente, é um delinquente, fora JOH”, entoaram os manifestantes que saíram em passeata até o escritório do Conselho Hondurenho da Empresa Privada (COHEP).
Para a presidente do Colégio Médico de Honduras, Suyapa Figueroa, diante de tamanho retrocesso, é hora de ampliar a mobilização e dizer um sonoro não às medidas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial. “É nosso direito e nossa responsabilidade lutar contra esses decretos que promovem a privatização dos serviços para o povo”. Nos dias 29 e 30 de abril, os Sindicatos da Saúde e da Educação haviam realizado paralisações e manifestações alertando a população sobre a gravidade das medidas apontadas pelo governo.
“É uma responsabilidade da sociedade lutar contra a corrupção e esse presidente está afundando o país cada vez mais na pobreza”, declarou o advogado Waldo Rivera.
As manifestações com tochas pelas ruas de Honduras começaram em 2015, como movimento contra a corrupção após ter sido descoberto um desvio milionário de fundos da Seguridade Social, parcela dele usado para o financiamento da campanha eleitoral de JOH.