Os rebeldes Houthi do Iêmen e os apoiantes do ex-presidente do país, Ali Abdullah Saleh, morto durante confrontos em dezembro de 2017, decidiram abrir uma nova etapa de cooperação para lutar contra a invasão saudita, afirmou alta fonte do Congresso Geral do Povo ao portal russo Sputnik.
“Como parte do acordo político entre o movimento Ansar Allah [Houthis] e o Congresso Geral do Povo, com o objetivo de acabar com as tensões de dezembro, todos os prisioneiros políticos e militares serão libertados incluindo os familiares de Saleh … O acordo visa abrir uma nova página entre os principais aliados que estão lutando contra a coalizão encabeçada pela Arábia Saudita “, disse a fonte.
No domingo, o Congresso Geral do Povo elegeu um novo líder – Sadeq Amin Abu Rass, que ocupou altos cargos sob o governo de Saleh. A invasão vem ocorrendo desde março de 2015, após fuga para Riad do presidente fantoche pró-EUA, Abd Rabbuj Mansur al Hadi, após revolta popular na capital Sanaa. OS EUA apóiam a intervenção com armas e reabastecimento dos aviões.
A agressão saudita ao Iêmen, em socorro ao fantoche dos EUA, se dá principalmente com ataque à população civil, casas, fábricas, infraestrutura são os alvos preferidos pelos sauditas.
De acordo com a ONU, o número de civis mortos superou 10 mil no início de 2017, com pelo menos 40 mil feridos. Com mais de 80% dos alimentos sendo importados, e com o bloqueio de portos e bombardeios diários, a população está ameaçada de fome. Surto de cólera já atingiu 400 mil, com 1900 mortes.