“Espero que no dia 16 tenhamos autorização para perfuração”, disse Magda Chambriard, presidente da estatal
A presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, disse nesta terça-feira (14) que se surpreendeu com a decisão do instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de pedir mais informações para liberar o processo de licenciamento ambiental, que permitirá a estatal perfurar o bloco FZA-M-59, localizado na região costeira do Amapá e que tem o maior potencial petrolífero entre os 42 blocos exploratórios da Margem Equatorial brasileira.
O órgão ambiental alega em um novo parecer técnico, anexado ao processo na segunda-feira (13), que ainda existem “pendências e incertezas” quanto às informações apresentadas pela estatal nos planos de Emergência Individual e de Proteção à Fauna.
Chambriard, que esperava que a licença já tivesse sido concedida e espera que na reunião entre as equipes da estatal e do órgão ambiental na próxima quinta-feira (16) “tenhamos autorização para perfuração”, disse após participar de um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Rio de Janeiro.
Esse movimento claro de postergação por parte do Ibama pode levar a estatal a ter que reiniciar o processo de licenciamento, impondo enormes prejuízos à estatal e impedindo o desenvolvimento econômico do país e a melhoria das condições de vida da população.
A executiva afirma que “a preocupação agora é o dia 21 de outubro, que é o dia limite do contrato da sonda [para perfuração]. Se a gente não começar a perfurar até o dia 21, essa sonda pode ser retirada da locação e se ela for retirada e substituída por outra sonda no futuro, o que vai acontecer é que o processo de licenciamento começa tudo de novo”, explicou Magda.
A sonda já contratada para perfurar a área custa por dia R$ 4,2 milhões à Petrobrás. “Essa sonda é rara no mundo. É uma das poucas sondas de última geração que existem. A gente tem duas, três sondas dessas no mundo todo. É uma sonda altamente demandada”, disse a presidente da Petrobrás, ao afirmar que está “otimista que vai dar certo, senão essa sonda já teria saído de lá há muito tempo”.
Desde junho de 2023, a Petrobrás espera uma reavaliação do Ibama sobre a negativa da licença para estudos no bloco FZA-M-59, que apesar de ser também chamado de Foz do Amazonas, localiza-se a mais de 500 quilômetros de distância da foz do rio de mesmo nome. O bloco exploratório também fica a uma distância de 175 quilômetros da costa do Amapá e em águas profundas.
A Petrobrás cumpriu todas as etapas exigidas pelo Ibama na Margem Equatorial. Como disse a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard no início dos testes em agosto deste ano: “estamos levando para o Amapá a maior estrutura de resposta a ocorrências já mobilizada pela companhia”.
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