Ibama encontra 60 pássaros silvestres criados ilegalmente na casa do ex-ministro Anderson Torres

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, foi alvo de uma operação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na sexta-feira (24), que encontrou aves criadas irregularmente em sua residência, em Brasília.

Agentes do órgão encontraram gaiolas com 60 pássaros silvestres criados ilegalmente na residência do bolsonarista.

Segundo o novo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, foram encontradas informações inconsistentes nos registros dos animais no Sispass (Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros).

Os pássaros teriam sido transferidos para a mãe de Torres, mas o endereço do criadouro não foi alterado. Além disso, eles teriam ultrapassado o limite de transferência de animais para criadores amadores. Ainda de acordo com o órgão, uma das aves estava com uma das patas mutilada.

A equipe de fiscalização aplicou uma multa e determinou que sejam apresentadas informações adicionais sobre as aves.

Torres está preso desde 14 de janeiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele é investigado por envolvimento nos atos golpistas cometidos por bolsonaristas radicais, no dia 8 de janeiro, que pretendiam criar as condições para uma intervenção militar contra o estado democrático e causaram depredação no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. Na época, ele era o titular da Secretaria  de Segurança Pública do Distrito Federal.

Investigações conduzidas pela Polícia Federal também encontraram na casa do ex-secretário uma minuta de decreto para que o então presidente Jair Bolsonaro decretasse Estado de Defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo do documento seria mudar o resultado da eleição presidencial.

Ao decretar a prisão de Torres, Alexandre de Moraes disse ter visto indícios de “descaso e conivência com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no Distrito Federal”.

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