Randolfe Rodrigues, líder do governo no senado, Alcolumbre e o governador, Clécio Luis, estiveram com a presidente da Petrobrás em apoio ao trabalho da estatal na região
O senador Davi Alcolumbre (União-AP) se reuniu com a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, e fez duras críticas á decisão do Ibama protelando o início das pesquisas de petróleo na Margem Equatorial do Brasil. “Não é uma questão técnica que isso já passou há muito tempo de ser uma questão técnica. É claro o boicote contra o Brasil, o que estão fazendo”, disse Alcolumbre.
Também participaram do encontro, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP) e o governador do Amapá, Clécio Luis (Solidariedade). Na conversa, eles receberam apoio de Chambriard sobre avançar na exploração do petróleo. Ela disse que a Petrobras prepara prontamente para fornecer os dados solicitados pelo Ibama e dar sequência no projeto.
Na terça-feira, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, contrariando a posição de especialistas e os interesses estratégicos do país, pediu mais esclarecimentos à Petrobrás sobre a proposta da estatal para mitigar riscos ambientas na exploração de petróleo numa área chamada de Foz do Amazonas, na costa do Amapá. “O Ibama tem o seu papel é um órgão técnico, agora, nós também não queremos aceitar que sobre o rótulo técnico se esconda uma posição política”, denunciou Randolfe Rodrigues.
A licença de perfuração é necessária para que a Petrobrás possa estudar a viabilidade de produção na região, parte da chamada Margem Equatorial. As explicações da Petrobras não foram consideradas suficientes até agora por técnicos do órgão ambiental, formando o principal entrave para a liberação da licença. A estatal e parte do governo pressionam o Ibama. Já há uma ano e meio o órgão ambiental vem retardando o laudo técnico.
Nesta etapa, o que está em discussão é a pesquisa do poço, chamada tecnicamente de perfuração — e não a licença de operação comercial, para a produção. O objetivo da estatal, com a licença de perfuração, é comprovar a viabilidade econômica da produção de petróleo na área. “Há uma aposta muito grande do mundo e da Petrobras de que aquela área é uma área rica em petróleo, não à toa que eles chamam de o segundo pré-sal”, afirmou o governador Clécio.
O deputado Pedro Lucas Fernandes (União- MA), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Margem Equatorial, também criticou o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelo indeferimento ao pedido da Petrobrás para a exploração de petróleo em área da Margem Equatorial, que inclui o território maranhense.
“Infelizmente o Ibama informou que o veto para a perfuração em bloco na Margem Equatorial da foz do Rio Amazonas segue mantido e pediu novos dados para a Petrobrás. A empresa, uma das maiores petroleiras do mundo, já provou que tem expertise e tecnologia suficiente para realizar, com segurança, a perfuração e exploração na região”, afirmou o parlamentar em suas redes sociais.
Luís Ercílio Faria Junior é doutor em Ciências Naturais da Universidade Federal do Pará (UFPA) refutou o parecer do Greenpeace, usado pelo Ibama como obstáculo à pesquisa na região, sobre uma suposta existência de barreira de corais na Foz do Amazonas. Em entrevista ao site da Aepet, o pesquisador aplaudiu a declaração da diretora da Petrobrás, Sylvia Anjos, que afirmou que a barreira de corais na região é uma “fake news científica”, apresentada pelo Greenpeace em 2017, e que “está sendo usada pelo Ibama para impedir os estudos exploratórios da Petrobrás na Margem Equatorial Brasileira”.