Nesta quinta-feira (19) começaram as primeiras operações contra o desmatamento ilegal da Amazônia sob o novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a promessa de Lula de colocar fim à destruição florestal que aumentou muito na gestão de seu antecessor Jair Bolsonaro.
As operações realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem finalidade de impedir que madeireiros e fazendeiros desmatem ilegalmente a floresta. O Ibama lançou operações nesta semana no Pará, Roraima e Acre, disse a coordenadora da agência ambiental Tatiane Leite
Cerca de 10 agentes do Ibama embarcaram em picapes nesta quinta-feira (19), saindo de sua base no município de Uruará, no Pará, juntamente com uma dúzia de policiais federais, em direção a uma reserva indígena onde imagens de satélite mostraram madeireiros e fazendeiros trabalhando no desmate ilegal da floresta. A missão visa impedir ou afastar os madeiros da realização de novas incursões na floresta e multar os que forem encontrados com madeira ilegal.
O governo Bolsonaro reduziu a quantidade de pessoal e o investimento do Ibama para o combate aos crimes ambientais durante seus quatro anos de mandato, ao mesmo tempo que o ex-presidente criticava constantemente a agência ambiental pela imposição de multas a fazendeiros e garimpeiros. Bolsonaro deu às Forças Armadas, e posteriormente ao Ministério da Justiça, autoridade para realizar operações de combate ao desmatamento, deixando o Ibama em segundo plano, apesar da ampla experiência e sucesso da agência no combate à destruição da floresta.
A missão visa impedir ou afastar os madeiros da realização de novas incursões na floresta e multar os que forem encontrados com madeira ilegal. O governo Bolsonaro reduziu a quantidade de pessoal e o financiamento do Ibama para o combate aos crimes ambientais durante seus quatro anos de mandato, ao mesmo tempo que o ex-presidente criticava constantemente a agência ambiental pela imposição de multas a fazendeiros e garimpeiros.
Bolsonaro deu às Forças Armadas, e posteriormente ao Ministério da Justiça, autoridade para realizar operações de combate ao desmatamento, deixando o Ibama em segundo plano, apesar da ampla experiência e sucesso da agência no combate à destruição da floresta. Uma área maior que o território da Dinamarca foi desmatada no governo Bolsonaro, em um aumento de 60% comparado aos quatro anos anteriores. Na campanha eleitoral do ano passado, Lula prometeu novamente encarregar o Ibama de combater o desmatamento com aumento de pessoal e de recursos.
Ele tomou posse em 1º de janeiro, por isso os recursos e pessoal adicionais ainda precisam chegar à linha de frente. Mas agentes do Ibama disseram à reportagem da Reuters que já se sentem mais empoderados após Lula anunciar a proteção ambiental como uma de suas principais prioridades. O governo Bolsonaro rejeitou vários pedidos da Reuters para acompanhar missões do Ibama durante o mandato do ex-presidente de 2019 a 2022. Seu governo emitiu uma ordem para que os agentes do Ibama não falassem com a imprensa, que os agentes disseram já ter sido revogado pela gestão de Lula.
“Divulgar as operações para dissuadir criminosos ambientais já é uma grande mudança. Isso não acontecia no governo anterior, cujo objetivo era mostrar que não estávamos fazendo nada”, disse Givanildo dos Santos Lima, agente que lidera a missão do Ibama em Uruará. Durante os oito anos que foi presidente, de 2003 a 2010, Lula assumiu o governo com o desmatamento da Amazônia em altos recordes e, por meio de um rígido combate aos crimes ambientais, o reduziu em 72%, perto das mínimas recordes, ao deixar o governo.