Após saber que o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho – conhecido como Marcola – fora transferido para o presídio federal de Brasília, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, declarou que a decisão é “absurda”:
“Já pedi à procuradoria para preparar uma ação judicial, com base na lei de segurança nacional. Essa atitude do ministro Moro demonstra que ele conhece muito de corrupção, mas de segurança provou que não conhece nada, realmente. Fui avisado depois e achei isso um desrespeito.”
Marcola e outros três chefes da mesma quadrilha ( Pedro Luiz da Silva Moraes, o Chacal, Cláudio Barbará da Silva e Patrik Uelinton Salomão) estavam presos em Porto Velho (RO). Na sexta-feira (22/03), foram transferidos para Brasília.
“Nós estamos fazendo nossa parte”, disse o governador, durante a ação “SOS DF Justiça”, em Candangolândia, no sábado (23/03). “Vocês viram ontem pela manhã. Nós prendemos sete integrantes do PCC aqui no Distrito Federal”.
“Mas você não pode trazer um criminoso desse quilate, um criminoso que arrasta com ele todo o crime organizado”, como Marcola, afirmou Ibaneis. “Nossa Polícia Civil está trabalhando forte. Agora, trazer um criminoso como esse para cá, a seis quilômetros do Palácio do Planalto? Nós temos mais de 180 embaixadas de representações internacionais. Nós temos os principais tribunais da República, grandes autoridades circulam por aqui. Como é que você traz isso para dentro da capital da República?
“Isso é o maior absurdo do ponto de vista da segurança que já ouvi falar na minha vida”, disse Ibaneis.
“Não adianta dizer que existe medida de segurança para afastar, porque o crime organizado anda junto. Eles [os bandidos] sabiam dessa vinda para cá e todos eles já estavam aqui. Nós, através de nosso monitoramento pela Polícia Civil, conseguimos prender uma parte dessa quadrilha. Agora, com certeza, a presença de Marcola aqui no Distrito Federal vai fazer com que o crime organizado proceda aqui e na região metropolitana”.
A transferência de Marcola e outros chefes do PCC foi realizada pela Secretaria de Operações Integradas, criada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
A medida, disse Ibaneis, faz com que “simplesmente, você veja um líder do PCC a seis quilômetros do presidente da República”.
C.L.
Por que deixou construir um presídio federal aqui no DF? Agora já era!
Ninguém “deixou construir” um presídio federal, leitor. Essa decisão é do governo federal – e só.
Na hora de bancar a segurança e pública a verba pro DF é federal… na hora de “cuidar” do preso, aí ele que vá lá pra Rondônia, e a máquina da segurança de lá, com seus cidadãos não tão importantes como as altas autoridades de Brasília que se virem.
Mas, leitor, a verba para manter o Marcola em Rondônia – ou qualquer outro lugar – também é federal.
Verdade é preocupante Marcola no DF.
Dirrepente ele possa ser convencido a se candidatar à alguma coisa ou virar um companheiro ou um camarada.
Interessante. Será que o governo fez a transferência para o Marcola ficar a seis km do Bolsonaro? Para quem morou na mesma rua que o assassino de aluguel que matou a Marielle… Deve estar sentindo falta da companhia.