Índice do BC, considerado uma “prévia” do PIB, registrou alta de 1,1% no período contra 1,5% no trimestre anterior
A economia brasileira desacelerou no segundo trimestre deste ano, ao variar em alta de 1,1% frente ao trimestre anterior, período em teve uma expansão maior (+1,5%), conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira (16).
No mês de junho, o indicador registrou alta de 1,4%, frente a maio (0,25%), também na série com ajuste sazonal – quando são descontadas as oscilações sazonais (alterações climáticas, férias, feriados etc.) que incidem sobre os dados do mês.
O IBC-Br é considerado uma “prévia” do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, divulgado oficialmente pelo IBGE.
O desaquecimento da economia no segundo trimestre reflete o nível escorchante dos juros cobrados no Brasil. Em junho, o Comitê de Política do Banco Central (Copom) do Banco Central (BC) decidiu interromper o seu ciclo de cortes – minguado – na taxa básica de juros da economia (Selic), mantendo a taxa nominal nos astronômicos 10,5% ao ano. Em agosto de 2023, quando o Copom começou a redução da Selic quando a taxa estava em 13,75% – nível fixado desde agosto de 2022.
Segundo os porta-vozes do mercado financeiro, a alta em junho veio “muito acima do previsto” e, portanto, já defendem um “novo ciclo de aumento dos juros”, quer dizer, o Brasil está crescendo “acima do esperado” e é preciso barrar o crescimento do país, com os juros exorbitantes e mais cortes no Orçamento.
Com a manutenção dos juros altos, o Brasil segue entre os campeões mundiais de juros reais, com uma taxa acima do 7% – quando descontada a inflação-, encarecendo ainda mais as demais taxas de juros para empréstimos e financiamentos de empresas e famílias e, assim, freando os investimentos e o consumo no país.
Na base sem ajuste sazonal, o IBC-Br marcou alta de 3,2% na comparação com junho deste ano ante a junho de 2023. Um avanço de 2,1% no primeiro semestre deste ano na comparação com os seis primeiros meses do ano passado; e, em 12 meses até junho, um acréscimo de 1,6%.