Resultado de 0,01% do indicador do Banco Central, considerado uma “prévia do PIB”, veio após queda de 0,36% em março
A economia brasileira ficou estagnada em abril com resultado de 0,01% em relação a março, segundo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira (14). Em março, o indicador apresentou resultado negativo de -0,36%.
Em 12 meses, o IBC-Br acumula alta de 1,8% e no acumulado do ano de 2,08%.
O IBC-Br é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC é baseado em dados da produção agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.
De acordo com o IBGE, em abril, as vendas do comércio varejista e o volume de serviços cresceram, respectivamente, 0,9% e 0,5%. Já a produção industrial brasileira caiu 0,5%, após dois meses seguidos de resultados positivos.
O IBC-Br é utilizado, em tese, na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), para definir a taxa básica de economia, hoje em 10,50%. Mas, independente se a economia vai bem ou mal, o BC, sob o comando do bolsonarista Campos Neto, aponta para mais arrocho monetário e sinaliza que vai manter os juros nas alturas na próxima reunião do Copom, colocando fim a redução a conta-gotas na taxa Selic e mantendo o Brasil com os maiores juros reais (descontada a inflação) do planeta.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB, que mede o total da produção e serviços do país, cresceu 0,8% impulsionado pelo setor de serviços.