Índice da atividade econômica do Banco Central é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB)
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,55% em novembro na comparação com o mês anterior. É o quarto mês seguido de queda do índice e a contração mais forte desde a queda de 1,2% ocorrida em agosto. A divulgação foi feita na sexta-feira (13).
No final de 2022 o país estava, como continua, sob os efeitos da desmedida alta da taxa básica de juros (Selic), de 13,75% ao ano, pressionando todas as taxas de juros para empréstimos e financiamentos às famílias e às empresas, travando investimentos e o consumo. Em março de 2021 a Selic estava em 2% ao ano.
A produção industrial teve queda praticamente generalizada em 2022. Em novembro caiu 0,1%, na comparação com outubro, no acumulado de janeiro a novembro recuou -0,6% e em 12 meses caiu -1%.
As vendas no comércio varejista recuaram 0,6% sobre o mês anterior, interrompendo três meses de ganhos. Foi o pior mês de novembro para o setor desde 2015, na comparação mensal.
Nem o setor de serviços, que, com a retomada das atividades após pandemia ainda apresentava variações positivas, resistiu à retração dos negócios, com crescimento de 0% em novembro sobre outubro que já registrara recuo de -0,5%
O acumulado do IBC-Br de 2022, até novembro, foi de uma alta de 3,26%. Em 12 meses, o crescimento é de 3,15%. Os percentuais acumulados confirmam a tendência de queda registrada nos últimos meses de 2022.