
Taxa ficou em 6,6%. De fevereiro a abril de 2025, cerca de 7,3 milhões de pessoas estavam desempregadas no país.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, um resultado sem variação significativa frente ao trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (6,5%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já frente ao trimestre móvel de fevereiro a abril de 2024, o índice recuou 1,0 ponto percentual (7,5%).
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE aponta que, ao todo, 7,3 milhões de pessoas estão sem emprego no país. No trimestre encerrado em janeiro de 2025, eram 7,2 milhões de brasileiros. Por outro lado, no confronto com igual trimestre do ano anterior, quando existiam 8,2 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 11,5%, uma redução de 941 mil pessoas desocupadas na força de trabalho, aponta o IBGE.
No trimestre móvel encerrado em abril, o contingente de pessoas exercendo alguma atividade de trabalho (a população ocupada em idade de trabalhar) foi estimado em aproximadamente 103,3 milhões, destes 39,6 milhões de pessoas têm a carteira de trabalho assinada – o que é um novo patamar recorde da série histórica da pesquisa PNAD, iniciada em 2001.
Na quarta-feira (28), em coletiva de imprensa, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, alertou que o emprego com carteira assinada desacelerou no primeiro quadrimestre de 2025. De janeiro a abril, o país gerou 922.362 empregos formais, um resultado menor frente ao registrado no mesmo período do ano passado (965,5 mil vagas).
O ministro avalia que a política contracionista monetária do Banco Central (BC), que permitiu que o nível da Selic (taxa básica de juros) atingisse os 14,75% em maio deste ano, já afeta a economia e o ritmo de contratações no país.
“Nós estamos fazendo quase que um milagre para conseguir manter a economia funcionando e ainda criar novos empregos, porque, de fato, os juros estão excessivamente elevados”, criticou o ministro, ressaltando que são as medidas do governo que vem sustentando a atividade econômica.
No entanto, ele advertiu que, “em algum momento podemos perder a capacidade de segurar o funcionamento da economia”. “Quem está monitorando a bússola dos juros precisa escutar o que está acontecendo”.
INFORMALIDADE
No trimestre terminado em abril, a taxa de informalidade ficou em 37,9%, resultado menor que ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,3%), como no mesmo trimestre de 2024 (38,7%).
Conforme a PNAD, ao todo são 39,2 milhões de trabalhadores informais no Brasil, com destaque para 13,7 milhões de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado e 26 milhões de brasileiros se virando por conta própria – esse último corresponde a uma alta de 2,1% no confronto anual.
De acordo com o IBGE, dos dez grupamentos de atividade investigados pela pesquisa, apenas Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registrou crescimento na ocupação frente ao trimestre móvel anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025). Os demais não apresentaram variação significativa.