Dólar acumula alta de 8,50% no ano e ultrapassa R$ 5,60
O Ibovespa encerrou hoje a pior semana desde o auge da pandemia da Covid-19 em março do ano passado, acumulando um recuo de 7,28%. As perdas no mês de outubro são de 4,22% e, em 2021, chegam aos 10,69%. O dólar que chegou a ultrapassar R$ 5,75 durante o dia encerrou esta sexta-feira (22) em R$ 5,62, acumulando uma alta de 3,22% na semana e de 8,50% no ano.
O motivo para tanto alvoroço no “mercado” são os estrondos vindos da economia brasileira, que está ruindo por força dos desatinos de Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
Hoje, por volta da 13h30, a moeda norte-americana subia 0,91%, cotada a R$ 5,7165. Na máxima do dia chegou a R$ 5,7545 – atingindo uma alta de mais de 10% no acumulado do ano. Já o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o B3, operou com queda de mais de 4% pela manhã.
Além dos anúncios do programa temporário no valor de R$ 400, sem definição de recursos, e do auxilio aos caminhoneiros, o calote nos precatórios e o orçamento secreto também provocaram durante toda a semana um sobe e desce da Bolsa e a disparada no dólar.
Ontem (22), em mais uma ‘pega pra capar’ entre a equipe econômica e a equipe política do governo, os secretários de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram demissão dos respectivos cargos.
Também pediram o desligamento de seus cargos, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo, e o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, também pediu demissão.
Há um ano para as eleições de 2022 e, vendo sua aprovação despencar, Bolsonaro tenta conquistar o apoio dos brasileiros que seu governo jogou na miséria na pandemia de Covid-19. Ele acabou com o Bolsa Família e prometeu um novo programa temporário, no valor de R$ 400 até as eleições, sem ter a definição de onde tirar os recursos – gerando mais uma bateção de cabeça no Palácio do Planalto.
No Brasil, são quase 32 milhões de pessoas, segundo o IBGE, em busca de um trabalho digno. Soma-se a isto, uma economia paralisada e com a inflação já acima dos dois dígitos tirando a comida da boca do povo.