O líder da Revolução do Iêmen, Abdulmalik Badradean al-Houthi, denunciou que o assassinato do presidente do Conselho Político Supremo do Iêmen, Saleh al Samad – atingido por mísseis disparados contra ele e seis companheiros “cumprindo missão nacional” – tem as “impressões digitais dos Estados Unidos”. Para ele a Arábia Saudita é a “executora dos crimes e os perpetra como marionete dos EUA”.
Em seu pronunciamento ao povo iemenita, no dia 24, informou que “três caças da agressão EUA-Arábia Saudita os assassinaram quando cumpriam missão nacional na província portuária de Hodeidah”.
“Ofereço minhas mais profundas condolências à família do mártir e ao povo do Iêmen pela perda de um modelo de ser humano para o nosso país”, acrescentou al Houthi.
“Toda a responsabilidade por esta morte deve ser imputada à Arábia Saudita e à América por todos os crimes contra o Iêmen, em especial a morte de al-Samad e todos os demais massacres em diferentes regiões, a exemplo do casamento em Hajjah”, denunciou.
Ele convocou o povo a participar do funeral do mártir e seus companheiros, no sábado, 28.
Na quinta-feira, 26, uma multidão incalculável já atendeu ao chamado de al-Houthi e, vinda dos bairros da cidade portuária de Hodeidah e de aldeias vizinhas, tomou um vasto espaço com faixas condenando o ataque e retratos do presidente chacinado, Saleh, demonstrando intensa vibração ao entoarem palavras de ordem.
O Conselho Político Supremo convocou três dias de luto pela morte de Samad e nomeou a Mahdi Mohammed Mashat ao posto do ex-presidente.
O novo presidente declarou: “Nos passos do mártir Saleh Al Samad vamos proteger e construir a nossa Pátria. Não resta ao Iêmen outra opção do que vencer esta guerra aberta declarada pela Arábia Saudita”.
SÍRIA E IRÃ CONDENAM O ASSASSINATO DO PRESIDENTE
“A Síria denuncia nos termos mais veementes a morte do presidente do Conselho Político Supremo do Iêmen, Saleh Ali al-Samad, no recente ataque aéreo saudita, enfatizando que o conluio saudita no Iêmen será inevitavelmente derrotado assim como aconteceu na Síria”, afirma, em nota, o Ministério do Exterior da Síria.
“O crime hediondo cometido pelo regime saudita é uma continuação do massacre contra o povo iemenita que levou à destruição da infraestrutura do Iêmen e tirou a vida de mais de 10 mil civis inocentes”, prossegue o documento.
Mas, conclui o ME da Síria, “o projeto saudita no Iêmen vai falir inevitavelmente. O povo iemenita, que nunca se dobrou a nenhuma força externa, saberá como enfrentar a agressão saudita com sua resiliência e preservar a soberania, independência e integridade do Iêmen”.
O Ministério do Exterior do Irã manifestou condolências pelo assassinato do presidente Saleh Al Samad e saudou “a resistência do bravo povo iemenita”.
“Com a determinada resistência, o povo haverá de celebrar o doce sabor da vitória contra os agressores em um futuro próximo”, declara o Ministério iraniano.
Estados Unidos, além de armas, mantém equipe de treinamento militar junto aos sauditas e a Inglaterra vende uma grande quantidade de armamentos com as quais os sauditas perpetram os crimes.