
Centenas de milhares de iemenitas comparecerem, nesta segunda-feira, ao funeral de seu primeiro-ministro, Ahmed al-Rahawi, e 11 oficiais de seu governo, mortos por bombardeio israelense
O ataque de Israel foi perpetrado em reunião governamental em Sanaa, capital do Iêmen, na quinta-feira, 25. As ruas ficaram lotadas com apoiadores de luto pelas mortes de seus líderes assassinados.
A matança de um gabinete ministerial em meio a uma reunião de governo é mais um crime de guerra sem precedentes cometido por Netanyahu
O Iêmen anunciou ter bombardeado o navio cargueiro israelense Scarlet Ray em resposta ao covarde bombardeio pelo regime de Netanyahu.
Desde outubro de 2023, quando começou a agressão israelense a Gaza, o Iêmen se posicionou do lado dos palestinos e tem lançado drones e foguetes contra território de Israel afirmando que só vai parar quando houver um acordo entre Israel e a Resistência Islâmica Palestina.
Ahmed Ghaleb Nasser Al-Rahwi, primeiro-ministro. Juiz Mujahid Ahmed Abdullah Ali, Ministro da Justiça e Direitos Humanos. Mu’in Hashim Ahmed Al-Mahqari, Ministro da Economia, Indústria e Investimento. Dr. Radwan Ali Ali Al-Rubai’i, Ministro da Agricultura, Pesca e Recursos Hídricos. Jamal Ahmed Ali Amer, Ministro das Relações Exteriores e Expatriados. Dr. Ali Saif Mohammed Hassan, Ministro da Eletricidade, Energia e Água. Dr. Ali Qasim Hussein Al-Yafe’i, Ministro da Cultura e Turismo. Samir Mohammed Ahmed Baja’ala, Ministro de Assuntos Sociais e Trabalho. Hashem Ahmed Abdulrahman Sharaf Al-Din, Ministro da Informação. Dr. Mohammed Ali Ahmed Al-Mawlid, Ministro da Juventude e Esportes. Mohammed Qasim Al-Kibsi, Diretor do Gabinete do Primeiro-Ministro. Zahid Mohammed Al-Amadi, Secretário do Conselho de Ministros.
O povo do Iêmen prestou as homenagens para seus líderes mortos. O primeiro-ministro interino, Mohammed Muftah, disse que os ataques terroristas não desestabilizaram o Iêmen, pelo contrário, “fortaleceriam nossa determinação de enfrentar a agressão,” disse.
Os israelenses atacaram enquanto eles estavam em reunião, logo depois Israel anunciou que eles assassinaram lideranças houthis, mas sem descrever que os mortos eram membros do governo do Iêmen e sem revelar os nomes dos mortos.
O Ministro da Energia israelense, Eli Cohen, comemorou os ataques e disse que o Iemen está “dentro da linha de fogo de Israel” e disse que os assassinatos são uma parte de uma investida de eliminação sistemática de toda a liderança houthi.
A procissão, liderada por membros do governo interino, e seguido por milhares de iemenitas apoiadores, começou na Praça Al-Sabeen. Com os caixões envoltos com a bandeira nacional do Iêmen, escoltados pela guarda de honra, orações fúnebres foram feitas. Os mortos foram então postos para descansar no santuário do presidente Houthi, Saleh Al-Sammad, morto por um ataque de drone em 2018.
Milhões de iemenitas acompanharam os rituais fúnebres por TV através de todo o país. Unidades de cadetes da Academia Militar, Colégio Aéreo e da Academia Naval e forças militares participaram da homenagem
“De Sanaa, dizemos ao nosso povo e à nossa nação: estamos orgulhosos e honrados em oferecer aos nossos homens, nossa economia e nossa posição pela causa da verdade. Estamos contentes, não arrependidos,” disse o primeiro-ministro interino Muftah. Ele também disse que o Iemen está enfrentando as agressões dos impérios de inteligência mais poderosos do mundo, liderados pelos EUA, Israel e seus aliados do ocidente.
A Federação Geral dos Sindicatos dos Trabalhadores do Iêmen lamentou as mortes do primeiro-ministro e de oficiais de seu governo. Eles chamaram de “traiçoeiro ataque sionista” feito por Israel.
Em comunicado, a Federação condenou os ataques – “crimes da agressão israelense contra o povo iemenita por meio do bombardeio deliberado de civis, instalações civis e de serviço, e os ataques contra o primeiro-ministro e vários de seus colegas ministros”, disseram.
A Federação denunciou os ataques de Israel como “uma grave violação do Direito Internacional Humanitário, que criminaliza ataques a bens civis de qualquer forma”.
No comunicado eles responsabilizam “ a entidade sionista, seus apoiadores e financiadores totalmente responsáveis por todos os crimes cometidos contra a população civil no Iêmen e na Faixa de Gaza” e “as Nações Unidas e o Conselho de Segurança da ONU por seu silêncio vergonhoso e fuga de seus deveres”.
A Federação “pediu às organizações humanitárias e de direitos humanos, sindicatos e todas as pessoas livres do mundo que condenem os crimes sionistas e considerem Israel uma entidade terrorista criminosa.”