A facção separatista do Sul do Iêmen, que é bancada pela monarquia da União dos Emirados Árabes (UEA), tomou o palácio do governo na cidade de Aden. De lá despachava o governo fantoche de Abdurabbuh Mansour al Hadi, bancado pela Arábia Saudita.
Ambas as monarquias recebem treinamento e compram armamento dos Estados Unidos. Desde 2015, as monarquias tentam depor o governo revolucionário, com amplo apoio popular, recorrendo a métodos genocidas (bloqueio de víveres e bombardeio a alvos civis, incluindo infraestrutura). O morticínio de civis iemenitas – que é considerado o maior do século 21 – foi condenado pelo Congresso Norte-Americano, que aprovou a suspensão de vendas de armas para as monarquias agressoras, mas a medida foi vetada por Trump, que segue despachando armas no valor de bilhões de dólares para os Sauditas e A UEA.
Hadi, que fugiu do país para a capital saudita, Riad, logo depois de sua deposição, voltou junto com as forças sauditas para a segunda maior cidade, Aden.
Os monarcas de Abu Dhabi (UAE) vinham anunciando que iriam formar um país separado ao sul do Iêmen. Com isso, querem expandir seu poder, pelo controle de passagens marítimas estratégicas ao sul da Península Arábica.
Milhares de residentes de Aden já fugiram em meio aos confrontos que começaram na quarta-feira, dia 7. As reportagens do local não informam o número de mortos e feridos nos confrontos.
A tentativa de tomada da capital pelos separatistas do Sul, começou quando um funeral de um comandante de suas forças, morto em combate com os revolucionários iemenitas, atravessou a cidade. Os paramilitares ali presentes, cuja força é denominada Cinto de Segurança, tomaram posições importantes em Aden, inclusive a colina Jebel Hadid, de onde podem atingir os principais pontos de Aden.
Para se ter uma ideia do envolvimento externo, a colina Jebel Hadid, foi tomada à noite com apoio de caças da aviação dos Emirados que atiraram bombas de iluminação para facilitar o avanço dos separatistas.
Na sexta-feira, eles chegaram à região onde fica o Banco Central e algumas das guarnições militares, precedidos por forte bombardeio. Também – segundo informes locais – chegaram a ruas próximas ao aeroporto.
O líder das milícias do Cinto de Segurança, Hani bin Breik, pediu a seus apoiadores a derrubada “do governo de Hadi, bancado pelos sauditas”. Eles marcharam ao palácio, tomado-o no sábado sem resistência.