O subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários e Coordenador de Emergência, Mark Lowcock, pediu um cessar-fogo em Hodeidah, principal porto de entrada de alimentos, remédios e combustível de que milhões de iemenitas dependem para sobreviver. Combates encarniçados pelo controle do porto estão ocorrendo, entre a resistência iemenita e as forças sauditas e seus mercenários.
“Peço que as partes implementem a cessação das hostilidades, principalmente em toda a infra-estrutura e instalações nas quais a operação de ajuda e os importadores comerciais dependem”, disse Lowcock em um comunicado na terça-feira. Ele acrescentou que as Nações Unidas estavam prontas para desempenhar um papel em “assegurar o uso apropriado de instalações importantes, especialmente em torno de Hodeidah”.
Porta-voz das Forças Armadas do Iêmen responsabilizou também os Emirados Árabes Unidos (EAU), aliado dos sauditas, pela recente intensificação do conflito em torno de Hodeidah. Falando em uma conferência de imprensa na capital de Sana na terça-feira, o brigadeiro Yahya Saree afirmou que as tropas do exército iemenita, apoiadas por combatentes aliados dos Comitês Populares, mantêm o controle sobre a cidade estratégica.
O porta-voz denunciou a ocupação pelo regime de Abu Dhabi dos portos do sul do país, Mukha, Mukalla e Aden. Ele informou que pelo menos 1.244 mercenários, incluindo 20 comandantes de batalhão e 33 soldados sudaneses, foram mortos e feridos nos combates em Hodeidah. Foram destruídos 183 veículos blindados e cinco depósitos de armas. Ele também saudou o sucesso das operações para cortar as linhas de suprimento dos invasores.