O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, nesta sexta-feira (1), que as autoridades italianas autorizaram e já realizaram o envio, de forma física, das imagens das câmeras que registraram a agressão, por parte de bolsonaristas, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família.
Até a publicação desta matéria, os arquivos não chegaram ao Brasil.
O envio foi feito após pedido de cooperação jurídica internacional feito pela PF. O Ministério Público italiano se posicionou a favor do compartilhamento das imagens.
O secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, disse que as remessas podem chegar “a qualquer momento”, mas que a demora é “absolutamente normal” por conta das normas que têm que ser cumpridas.
O caso aconteceu em julho, quando Moraes estava no Aeroporto Internacional de Roma acessando uma sala VIP para, depois, pegar um voo de volta para o Brasil. Uma mulher, identificada como Andréa Munarão, o chamou de “bandido”, “comunista” e “comprado”.
Andréa começou a filmar o ministro e gritar que ele havia “fraudado as urnas e roubado as eleições”. Os filhos de Alexandre de Moraes alertaram que, caso continuasse, ela seria gravada e processada.
O marido de Andréa, Roberto Mantovani, aproximou-se chamando o filho de Moraes de “filho de bandido, comunista e ladrão”.
O filho de Moraes tentou pegar o celular para gravar o que estava acontecendo, quando Roberto Mantovani deu um tapa em seu rosto, derrubando seu óculos. O bolsonarista foi contido por pessoas que estavam no local.
Segundo a versão da família bolsonarista, foi o filho de Moraes que começou com as ofensas. Mantovani também disse que apenas “afastou” o rapaz com os braços.
O Ministério da Justiça afirmou que as câmeras “registraram a agressão à família” de Alexandre de Moraes.
Leia a íntegra da nota do Ministério da Justiça:
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), responsável pelos pedidos de cooperação jurídica internacional, informa que as autoridades italianas autorizaram o envio das imagens do circuito de segurança do aeroporto de Roma, que registraram a agressão à família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O envio ocorreu de forma física e, até o momento, não chegou ao Brasil.