Centenas de milhares de iemenitas tomaram as ruas das grandes cidades na sexta, para protestar contra o prolongado e desumano bloqueio imposto em conjunto pelos Estados Unidos e Arábia Saudita, que está disseminando doenças e fome por todo o país.
Na capital San’a, ocorreu a maior das marchas com os iemenitas carregando cartazes e bandeiras do país e entoando palavras de ordem condenando o bloqueio e a guerra econômica e destruição econômica que tem causado problemas para a moeda local.
O mais intensamente aplaudido, Mohammed Ali al Houthi, líder do Comitê Revolucionário Supremo, exigiu o fim do bloqueio e liberação das contas do banco nacional iemenita no exterior.
Ele alertou que “se o bloqueio continua causando estes danos, vamos mobilizar milhares de combatentes aos campos de batalha”.
“Estamos prontos para fazer a paz, mas uma paz honrrosa e o povo do Iêmen vai se colocar do lado de quem quer que queira parar a agressão”, declarou, por outro lado, o líder iemenita.
Na quinta-feira, o parlamento europeu aprovou uma resolução que chama ao fim da guerra e pede o banimento urgente de armas para os países que atuam sob o comando saudita no ataque ao Iêmen.
Samiah Ubadi, entre os manifestantes, declarou: “eu não vou deixar de protestar até que tenhamos posto um fim ao nosso sofrimento e tenhamos recapturado nosso país das mãos dos invasores”.
Na cidade portuária de Aden, Jamal Abdu, declarou ao jornaista Ahmed AbdulKareem, agência imenita MintPress: “As gangues sauditas levam o nosso dinheiro, o alimento de nossas crianças, e a receita do sul ocupado para acumular em seu tesouro”.
A organização “Salve as Crianças” alerta que há 5,2 milhões de crianças que passam fome. A organização perviu que, de agora ao final do ano, 36.000 crianças terão morrido de inanição.
Há 18 milhões, (da população total de 29 milhões de imenitas), já na condição de insegurança alimentar de acordo com as estimativas da ONU.