Imposição de Carlos Bolsonaro gera crise e tensões em Santa Catarina

Carlos Bolsonaro, vereador no Rio. (Foto: Reprodução - Redes sociais)

O anúncio do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), de que pretende ser candidato ao Senado Federal por Santa Catarina criou tensões e pode acabar com acordos partidários já feitos para as eleições de 2026, inclusive com lideranças saindo do partido.

Carlos está na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro desde 2001, quando ele tinha 18 anos, e sua pré-candidatura a senador faz parte de um movimento de Jair Bolsonaro para tentar colocar seus familiares e aliados mais próximos no Senado Federal.

No entanto, o acordo entre os bolsonaristas para a disputa das duas vagas para o Senado e para o governo de Santa Catarina já estava negociado.

Os membros do PL em SC se irritaram com a imposição de “cima para baixo” de um candidato que nunca trabalhou no Estado.

O PL, partido de Bolsonaro, lançaria Caroline de Toni, deputada federal mais votada no Estado em 2022 e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Já o PP poderia lançar o senador Esperidião Amin para sua reeleição.

Com três candidatos para duas vagas, a tendência é que alguém perca espaço e não possa disputar esse cargo.

Outro problema debatido é a pré-candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), ao governo de Santa Catarina, podendo rivalizar com o atual governador, Jorginho Mello (PL).

Uma das soluções que está sendo ventilada acaba tirando o espaço de Carol de Toni, impedindo sua candidatura ao Senado.

Os candidatos ao Senado seriam, dessa forma, Carlos Bolsonaro e João Rodrigues. Esperidião Amin seria candidato a vice-governador na chapa de Jorginho Mello.

Considerada uma grande liderança bolsonarista em Santa Catarina por contar com apoio de prefeitos e vereadores no Estado, Carol de Toni pode acabar mudando de partido por perder espaço dentro do PL.

Segundo o jornal O Globo, Carol considera que está sendo “obrigada” a deixar a legenda e uma das possibilidades é sua entrada no Novo.

Nas redes sociais, o clima entre Carol e Carlos é supostamente amistoso e de aparente apoio mútuo. Carlos chegou a publicar que “são duas vagas” e, por isso, “ninguém tira a vaga de ninguém – e a chapa ser pura [só com candidatos do PL] não é por acaso, é por princípios”.

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