Deputado federal Marcelo Calero (Cidadania23-RJ) cobrou em requerimento explicações do chefe do GSI sobre a farra com o helicóptero da FAB por parentes de Bolsonaro no casamento do filho. Heleno alegou “notória violência urbana” no Rio de Janeiro
É “surreal” que Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), tenha usado a “notória violência urbana” no Rio de Janeiro como justificativa para autorizar carona para familiares de Jair Bolsonaro em helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), afirma o deputado federal Marcelo Calero (Cidadania23-RJ).
Familiares de Jair Bolsonaro foram levados de helicóptero da FAB para a festa de casamento de Eduardo Bolsonaro, o filho “03” de Jair, que aconteceu em maio, no Rio. Um dos primos, Osvaldo Bolsonaro gravou um vídeo do percurso, que durou 14 minutos. “Estamos bonitos? Vamos passear de helicóptero”, disse Osvaldo.
Em resposta a um requerimento de informações a respeito da “farra do helicóptero” feito pelo deputado Marcelo Calero, Augusto Heleno afirmou que uso do helicóptero se justificou por conta da “notória violência urbana que assola o Rio de Janeiro”.
“Custei a acreditar na justificativa. Surreal”, declarou o deputado através de suas redes sociais.
O GSI alegou também que “qualquer dano causado a um familiar do presidente, por óbvio, lhe causaria um desnecessário dissabor e, mais que isso, o abalo moral que o evento lhe infringisse repercutiria negativamente para imagem do Brasil”.
Em uma cartilha sobre postura e normas distribuída no começo do governo, Bolsonaro dizia que somente o ministro e sua equipe podem estar em vôos oficiais.
Maria Eduarda Seixas Corrêa, esposa do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pegou uma carona em avião oficial até Paris para passar as férias.
Maria Eduarda também não precisou pagar sua hospedagem, já que ficou junto com o marido no centenário Hotel Bedford, no centro histórico da cidade, a menos de três quilômetros da famosa Champs-Élysées.
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