O número de mortos em decorrência dos incêndios que atingem Los Angeles, nos Estados Unidos, desde a última terça-feira (7), aumentou para dezesseis neste domingo (12), enquanto equipes trabalham para conter as chamas antes que novas rajadas de ventos fortes previstas para os próximos dias atinjam a região.
O departamento de medicina forense de Los Angeles informou que cinco das mortes ocorreram nos incêndios no bairro costeiro de Pacific Palisades e outras 11 em Eaton, no interior.
Segundo as autoridades, outras treze pessoas estão desaparecidas e os números ainda devem aumentar. Equipes com cães farejadores realizam buscas sistemáticas nos bairros atingidos.
A cidade estabeleceu um centro de informações onde a população pode relatar as pessoas desaparecidas.
Pelas informações governamentais atualizadas, o incêndio de Palisades, considerado o mais destrutivo da história da cidade, queimou mais de 89 quilômetros quadrados e está apenas contido em 11%. O de Eaton, localizado a nordeste e perto das cidades de Pasadena e Altadena, afetou mais de 57 quilômetros quadrados e está contido em 15%. O incêndio de Kenneth foi o último dos seis que acontecem a surgir, tendo deflagrado na tarde de quinta-feira. As autoridades já confirmaram que esse incêndio atualmente está contido em 80%. O de Lidia foi no sábado totalmente controlado, enquanto o incêndio de Hurst está contido em 76%.
Mais de 153 mil cidadãos de Los Angeles receberam ordens de evacuação. A frente mais preocupante, segundo as autoridades, é o incêndio em Palisades, que foi definido pelo porta-voz do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, David Ortiz, como um “um monstro de múltiplas cabeças com possibilidade de crescimento em diferentes direções”.
Deixando a situação mais fora de controle, a diminuição dos ventos que estava prevista não durou muito, pois uma nova frente de rajadas de mais de 80 quilômetros por hora voltou a soprar em partes dos condados de Los Angeles e Ventura no sábado, aumentando as chamas. A previsão é
que a velocidade deverá crescer entre segunda e quarta-feira próximas, segundo o Serviço Meteorológico Nacional.
BIDEN PRIORIZA AJUDA DE US$ 500 MILHÕES A UCRÂNIA
Enquanto os incêndios continuam, proliferam as críticas ao governo. O comentarista conservador Matt Walsh, apresentador de programas no X, criticou o presidente dos EUA, Joe Biden, por parecer ignorar a crise na Califórnia e, em vez disso, se concentrar em aprovar US$ 500 milhões adicionais em ajuda militar para a Ucrânia na última quinta-feira, publicou o canal Hispantv.
“O que é necessário é que Joe Biden pare de dar dinheiro à Ucrânia e comece a dá-lo à Califórnia, e ajude os nossos concidadãos e proteja a nossa fronteira em vez de sacrificar a América”, acrescentou o governador do Texas, Greg Abbott, em uma entrevista a uma estação de televisão local.
Alguns apontaram que o governo Biden já havia fornecido equipamentos e ferramentas de resgate a 16 departamentos de bombeiros ucranianos, mas não forneceu aos próprios serviços da Califórnia tudo o que era necessário para combater os incêndios florestais.