Ele comentou a interrupção do pagamentos, decretada por Marcelo Crivella, nesta terça-feira (17): “Um absurdo!“
A medida tomada nesta terça-feira (17) pelo Prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), de suspender o pagamento de salários, já atrasados, além da segunda parcela do 13º salário, e as aposentadorias dos servidores municipais, foi criticada pelo ex-deputado e ex-ministro do Trabalho Brizola Neto, que, em entrevista ao HP, se colocou solidário e ao lado dos servidores prejudicados.
Ele credita o colapso das finanças do município à incompetência do prefeito e à destruição da economia nacional promovida pela política neoliberal do governo Bolsonaro.
“O Rio está vivendo uma crise fiscal dramática e a cidade está entrando em colapso financeiro”, avaliou o ex-ministro. “Não há recursos para o pagamento dos salários e nem para manter abertos serviços essenciais à população, como unidades básicas de saúde da família e nem mesmo de emergências”, denunciou Brizola Neto.
“A população do Rio de Janeiro não merece estar vivendo um drama tão grave como esse. É o fundo do poço”, salientou.
“São dois os motivos para esse descalabro. O primeiro é a incompetência flagrante de Marcelo Crivella, que já aumentou IPTU, taxou inativos e não consegue equilibrar as contas. “O segundo é mais grave. É o desmonte da economia e a falta de um projeto de desenvolvimento nacional por parte do governo federal. O Rio sofre de maneira particular as consequências dessa opção política”.
“Quando uma empresa como a Petrobrás é obrigada pelo governo a reduzir seus investimentos e até mesmo aplicar programas de desinvestimentos, é o Rio de Janeiro que paga, perdendo a sua indústria naval que já foi uma das maiores do mundo”, destacou o pré-candidato do PCdoB à Prefeitura.
“São os empregos que vão embora, agravando ainda mais a crise. Com isso a arrecadação desaba. Hoje a Prefeitura do Rio está arrecadando menos do que arrecadava no último ano do governo de Eduardo Paes. Esperava arrecadar R$ 30 bilhões e não vai chegar a R$ 28 bilhões”, informou Brizola.
“E é bom que se diga”, lembrou o politico carioca, “que regiões mais pobres do que o Rio, como o estado do Maranhão, por exemplo, apresentou um resultado satisfatório, com crescimento de 6% no ano, e está com os salários dos funcionários em dia. Isso mostra que é preciso também competência para se enfrentar situações graves como a que o país vive”. Para Brizola Neto “é urgente a retomada do crescimento econômico”.
“É urgente a volta dos investimentos públicos para que o país volte a trilhar a rota do desenvolvimento. É com crescimento e com investimentos públicos que enfrentamos as crises e não com essa politica de destruição nacional que estamos assistindo”, afirmou Brizola Neto.