O Estado com maior e mais desenvolvido setor produtivo do país encerrou 2017 com 35 mil trabalhadores a menos na indústria. Os dados foram divulgados na quarta-feira (17) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Sobre o total de trabalhadores empregados nas indústrias do estado, a demissão, sem contratações em contrapartida, acumulada em 2017 representa uma queda de 1,62%.
Apenas em dezembro, último mês do ano, 33 mil vagas foram fechadas, o que já demonstra a tendência do setor para 2018 – já que com Temer, a mesma política econômica baseada no corte de investimento público, transferência de recursos aos bancos e retirada de direitos, iniciada com Dilma, deve se manter.
A Fiesp destacou no boletim de divulgação da pesquisa sobre o nível de emprego na indústria que entre 2014 e 2016 foram fechadas, em média, 173 mil vagas por ano.
Os números absolutos destes três últimos anos somados ao saldo negativo do emprego em 2017 revelam que 524.500 trabalhadores foram colocados no olho da rua apenas nas indústrias paulistas. O número é um tragédia tanto para a situação do setor produtivo, quanto para os milhares de trabalhadores que ficaram sem emprego.
Este período é, precisamente, marcado pela fase mais aguda da recessão de Dilma, iniciada em meados de 2014 até os dias atuais. Voltando aos resultados de 2017 – ano marcado por uma ostensiva propaganda do governo sobre a “superação da crise” – 17 dos 22 setores da indústria paulista avaliados na pesquisa tiveram resultado negativo em relação ao emprego.
As áreas mais afetadas foram: indústria de produtos de metal, com perda de 10.107 postos no ano; produtos alimentícios, que teve 4.550 trabalhadores despedidos e; impressão e reprodução de gravações, com 4.252 empregos a menos.