
IPCA fica em 0,56%, puxado pelo grupo de Alimentos e bebidas (1,17%)
O índice que mede a inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou no mês de março, quando ficou em 0,56%, mas os preços dos alimentos seguem pesando no bolso do consumidor, com destaque para o café e os ovos. Em fevereiro, o IPCA estava em 1,31%, Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acumula alta de 2,04% nos primeiros meses de 2025 e de 5,48% em doze meses.
Alimentos e bebidas puxaram o resultado do ano e pesaram sobre a inflação de março. A inflação dos preços dos produtos do grupo, que responde por 45% do IPCA, avançou 1,17% em março.
Dentre as contribuições, o café moído (+8,14), o ovo de galinha (+13,13%) e o tomate (+22,55%) foram os itens que tiveram mais pressão sobre a inflação. Em 12 meses, o café encareceu 77,78%; o ovo, 19,52%. A alta do café, com o preço dolarizado, é a maior em 12 meses de todos os itens observados pelo IBGE e o problema da falta de estoques no país, com o aumento das exportações do grão, continua sem intervenção.
A alimentação fora do domicílio também acelerou, com alta de 0,77% em relação a fevereiro (0,47%). Os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) mostraram variações superiores às observadas no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente).
O segundo grupo com a maior variação no mês passado foi despesas pessoais, com alta de 0,70%. Em transportes, houve alta de 0,46% – resultado influenciado pela passagem aérea (6,91%) e combustíveis, cuja alta foi de 0,46% depois de aumento de 2,89% em fevereiro. A gasolina variou 0,51%, o óleo diesel 0,33%, e o etanol 0,16.
O grupo habitação, que havia registrado alta de 4,44% em fevereiro, variou 0,24% em março. A energia elétrica residencial, subitem de maior peso no grupo, teve variação de 0,12% em março depois de subir 16,8% em fevereiro.