Projetos da Nova Rota da Seda envolvem 152 países e 32 organizações internacionais, atraindo US$ 1 trilhão em investimentos.
A Iniciativa também denominada Cinturão e Rota, criada pela China (BRI, na sigla em inglês) ajudou a atrair mais de US$ 1 trilhão para projetos de infraestrutura desde o seu lançamento em 2013, tirando 40 milhões de pessoas da pobreza, disse o embaixador chinês na Rússia, Zhang Hanhui.
“A iniciativa ajudou a atrair mais de US$ 1 trilhão em investimento na última década, lançando mais de 3.000 projetos de cooperação e criando 4,2 milhões de empregos nos países situados ao longo do projeto Cinturão e Rota”, disse Zhang.
Este ano marca o 10º aniversário do projeto de Pequim que busca conectar a Ásia à África e à Europa por meio de uma rede de rotas terrestres, multimodais com ênfase na construção de ferrovias e produção de rotas marítimas, com o objetivo de agilizar o comércio”.
Ele acrescentou que a China assinou mais de 200 acordos de cooperação com 152 países e 32 organizações internacionais no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota, que agora abrange “mais de três quartos do mundo”, em termos de superfície somada dos países beneficiados pelo projeto.
Uma década de prática demonstrou que a Iniciativa se tornou um importante bem público global e que a China partilha seus dividendos de desenvolvimento com os países e com o mundo como um todo na procura da prosperidade, destacou a CGTN, a tevê chinesa internacional..
Para comemorar o 10º aniversário da BRI e planejar o avanço da cooperação com todos os parceiros, a China decidiu realizar o terceiro Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional em Outubro, de acordo com o Ministério das Relações Externas chinês.
A BRI, uma referência ao Cinturão Econômico da Rota da Seda e à Rota Marítima da Seda do século XXI, visa construir redes comerciais e de infraestruturas que ligam a Ásia à Europa e África e para além das antigas rotas comerciais da Rota da Seda.
Constituída como uma nova plataforma para a cooperação econômica internacional, a BRI tem funcionado como um forte impulso para a redução da pobreza, a promoção da conectividade transregional e para impulsionar o avanço da nova economia. De acordo com o Banco Mundial, até 2030, a infraestrutura de transportes da BRI, se totalmente implementada, deverá aumentar o rendimento real global entre 0,7% e 2,9%.
“A BRI… é uma mensagem de boa vontade da China para outros países em desenvolvimento. Ela permite que as economias emergentes aprendam com a China e aproveitem as oportunidades apresentadas pela partilha chinesa dos dividendos do desenvolvimento”, disse Adhere Cavince, um estudioso queniano de relações Internacionais.
Exemplo disso ê o projeto-chave do Corredor Econômico China-Paquistão: o porto de Gwadar está a caminho de se tornar um centro regional de conectividade que beneficia o Paquistão, o Afeganistão e a Ásia Central. O porto movimentou mais de 600.000 toneladas de carga nos últimos 14 meses. Mais de 30 empresas relacionadas com armazéns no exterior, processamento de pesca, processamento de óleo comestível, fabricação de móveis, montagem de veículos elétricos, comércio e logística foram instaladas na primeira fase da Zona Franca do Porto de Gwadar.
Também parte da BRI, o Expresso Ferroviário China-Europa alcançou 211 cidades em 25 países europeus, enquanto o Novo Corredor Internacional de Comércio Terrestre-Marítimo conectou as regiões central e ocidental da China com mais de 300 portos em mais de 100 países.
Os parceiros da BRI têm trabalhado ativamente para levar a cabo a cooperação internacional em áreas como a economia digital. A Rota da Seda Digital está, de acordo com a CGTN, se tornando uma ponte digital que facilita um novo tipo de globalização.
“Nos últimos 10 anos, a BRI foi um divisor de águas na arena global, trazendo mais multilateralismo ao mundo do que antes e também criando melhores condições para os países que estão na direção desta iniciativa”, disse à CGTN o ex-presidente da Sérvia, Boris Tabic.