Em cerimônia de formatura de novos diplomatas do Instituto Rio Branco, na quinta-feira (22), Bolsonaro declarou que convidará diplomatas estrangeiros para fazer uma viagem sobre a Amazônia e que eles “não verão em nossa floresta amazônica nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada”.
Não se sabe onde Bolsonaro vai levar esses diplomatas, mas com certeza não será nas áreas queimadas como mostram dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Faltando dois meses para o fim do ano, o número de queimadas na Amazônia em 2020 já superou o ano inteiro de 2019, apontam os dados do Inpe.
Em 2019, foram registrados 89.176 focos de incêndio no bioma, um número que já era 30% superior ao de 2018. Até o dia 22 de outubro, o ano de 2020 já registrou 89.604 focos.
Na quinta-feira (22), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) teve que suspender as atividades de combate ao fogo por “exaustão de recursos”.
O instituto determinou que todas as brigadas de combate aos incêndios retornassem para suas bases.
Em documento, o Ibama afirmou que passa por “dificuldades quanto a liberação financeira por parte da Secretaria do Tesouro Nacional”.
Em 2020, o Pantanal passou pela maior queimada de sua história. O Inpe registrou mais de 20 mil focos de incêndio, quando o recorde anterior, de 2005, era de 12,5 mil.